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O temido e rigoroso inverno das startups que assolou o ecossistema no ano passado não é uma preocupação em 2023, pelo menos para startups no early-stage. O otimismo para com investimentos neste ano se fez presente dentre os fundos e aceleradoras que participaram da 5ª edição do Pitch Reverso, evento realizado este mês pelo Startups com o apoio da Dell for Startups e do Cubo Itaú.

É o caso da aceleradora gaúcha Ventiur, que pretende inclusive intensificar o investimento early-stage especificamente na área da saúde. “Estamos muito otimistas no early-stage. Queremos bons negócios que realmente deem certo no médio e longo prazo”, afirmou Junior Rodrigues, head de comunidades e ecossistemas da aceleradora de São Leopoldo (RS), ressaltando que a escassez de capital no early-stage não está acontecendo. 

“Na verdade, o desafio maior que enxergamos é encontrar boas startups para investir no early-stage, preparadas para receber o dinheiro e saber o que fazer com ele. Não dá para queimar à toa, principalmente agora que fazer outras rodadas está cada vez mais difícil”, pontuou Junior durante sua apresentação.

Junior Rodrigues, head de comunidades e ecossistemas da Ventiur, em sua apresentação no Pitch Reverso (Foto: Startups/YouTube)

Com a missão de impulsionar empreendedores a moldar um futuro melhor, a Ventiur quer também reforçar o seu posicionamento como “smart money”, aumentando a atratividade do seu dinheiro ao oferecer também mentoria e networking. O processo de aceleração leva 9 meses e o investimento em uma startup pode chegar até R$ 1 milhão.

A companhia realizou 22 investimentos no ano passado e pretende dobrar os aportes em 2023, apoiando pelo menos 50 startups. Em seus 10 anos no mercado, a Ventiur já investiu R$ 30 milhões em mais de 80 startups, com 8 exits concluídos. Dentre eles estão a Devorando, vendida para o iFood em 2016, a Meerkat, vendida para a Acesso Digital em 2020, e a Suiteshare, vendida para a VTEX em 2021.

Oportunidade para novos empreendedores

Quem também enxerga grande potencial em startups no early-stage é Brian Requarth, fundador do VivaReal e da Latitud, companhia que tem uma série de serviços para acelerar o nascimento de novos negócios na América Latina.

“Estou vendo muitos novos empreendedores começando, apesar da crise. De certa maneira, a queda de startups de growth (em estágio mais avançado) já está forçando os executivos a lançarem novos negócios”, comentou Brian em conversa com o Startups em setembro do ano passado.

Segundo ele, embora o Brasil esteja mais avançado em relação à maturidade do ecossistema, há uma grande oportunidade no México. Atualmente 25% do portfólio de startups investidas pela Latitud estão baseadas naquele país.

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