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Para Luciano Huck, Brasil pode se tornar a “primeira superpotência verde” do planeta (mas terá as lideranças e a visão para isso?)

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Um dos maiores exportadores mundiais de comida e com um cenário de empreendedorismo efervescente – com destaque para as startups de serviços financeiros (fintechs) e oportunidades para uso de tecnologia nos serviços públicos (govtehcs) e agtechs – o Brasil tem potencial para se tornar a primeira superpotência verde no planeta.

“Com mais de 40% das florestas tropicais do mundo e pelo menos 10% da biodiversidade do planeta, o Brasil é rico em recursos naturais. Ainda assim, permanece pobre por escolha. Uma mudança para uma economia mais verde não é só a coisa certa a se fazer em termos morais, mas é a postura mais inteligente para o século 21. É melhor para nossas almas e também é melhor para os nossos bolsos”, disse ele durante o Asia Summit do Milken Institute.

Huck fez a abertura do painel “Insights into Brazil´s Silicon Valley”, que contou com a participação de Peter Fernandez, ex-presidente da 99, Mate Pencz, cofundador da Loft e João Barbosa, cofundador da Gympass, e foi moderado por Gustavo Brigatto, fundador e editor-chefe do Startups.

O empresário, apresentador de TV, filantropo, “e acima de tudo, curioso”, como ele mesmo se apresentou para o público no vídeo, disse que o movimento significa acabar com mentalidade inata do brasileiro de que para criar riqueza é preciso destruir a natureza – que há uma disputa entre agricultura e meio ambiente.

Para ele, a questão que fica é se o Brasil terá a lideranças e a visão necessária para aproveitar essa oportunidade e liderar o movimento, ou se ficará para trás novamente. “Existem indicações claras de que mesmo países que são altamente dependentes de petróleo e gás, como os EUA, estão mudando de direção. O presidente eleito Joe Biden tem uma clara intenção de fortalecer a economia verde, assim como a China e a União Europeia já fizeram e ainda estão fazendo”, disse.

Os comentários de Huck chegam em um momento de questionamento às políticas ambientais do governo Bolsonaro e debates sobre o impacto negativo que elas têm tido na imagem do país internacionalmente. A fala também deixa no ar se Huck pretende se apresentar como uma liderança para esse movimento, candidatando-se à presidência em 2022.

Em 2017 Huck foi condenado a pagar uma indenização de R$ 40 mil por danos morais coletivos em decorrência da degradação ao ambiente referente a uma ação de 2011 por cercar com boias sua casa na Ilha das Palmeiras, em Angra dos Reis (RJ).

Assista ao painel na integra:

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