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A Parallax Ventures, do ex-B3 Fabio Dutra, iniciou suas atividades em 2018 dentro de uma tese de especialização. A proposta era investir apenas no mercado de fintechs, para aproveitar o conhecimento e a rede de contatos de seus sócios.

Desde então, foram feitos sete investimentos com recursos de um fundo de R$ 25 milhões que tem um family office como investidor âncora.

Agora, a Parallax quer ampliar seus horizontes, entrando também em healthtechs. “O segmento está quente, com muito dinheiro e players olhando. O momento é parecido com o que eram as fintechs há três anos”, diz Dutra.

Desde 2014, as healthtechs brasileiras receberam US$ 430 milhões, ao longo de 189 rodadas de investimento. O país tem 542 companhias em operação, segundo levantamento do Distrito.

Aportes em julho somam US$ 87 mi e healthtechs chegam a 542, segundo o Distrito

De acordo com Dutra, o objetivo é replicar a estratégia especialista, com um novo fundo destinado apenas a investimentos nessa área. A ideia é trazer investidores institucionais, empresas do setor de saúde que precisam ter contato com o mundo das startups e da inovação, mas não têm condições de criar estruturas próprias. No momento as conversas estão avançadas com dois grupos para ancorar a estrutura.

No conceito que Dutra vem chamando de “corporate venture in a box”, a proposta é que os investidores tenham participação ativa, interagindo com as startups, não apenas esperando o rendimento dos recursos aportados. “Montar uma estrutura de relacionamento e investimento com startups não é trivial. Então o objetivo é oferecer os benefícios sem o peso da infraestrutura”, diz.

Para manter a abordagem especialista, a Parallax pretende trazer para a equipe um venture partner que conheça e tenha boas conexões no mercado de saúde.

A meta é levantar mais de R$ 100 milhões para o novo fundo e fazer investimentos com cheques entre R$ 500 mil e R$ 5 milhões – com o investimento ideal ficando entre R$ 1,5 milhão e R$ 2 milhões.

Fintechs

A entrada no segmento de saúde era uma ideia antiga dos sócios da Parallax – o segmento de educação é uma outra opção, mas o segmento ainda é considerado pouco maduro para um investida neste momento. A movimentação no sentido da diversificação derivou de um exercício que estava sendo feito para ampliar a atuação no segmento original de atuação, as fintechs.

Segundo Dutra, o plano é ampliar os recursos disponíveis para investimentos em até R$ 100 milhões, chegando a um total de R$ 125 milhões. Os novos recursos virão de instituições financeiras quem querem ampliar suas conexões com as startups, mas não têm o porte de um Bradesco ou de um Itaú para investir sozinhas, e também de executivos do setor.

Com a estratégia dupla, a Parallax vai multiplicar por quase 10 vezes os seus ativos sob gestão. De acordo com Dutra, isso não deve afetar a atuação da companhia, deixá-la mais distante de seu portfólio e investidores. “Não quero investir em 40 empresas por ano. Prefiro de 5 a 8. Também não quero muitos investidores e advisors. É melhor ter poucos e muito bons”, diz.

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