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Sabe a tal bolha do mercado de venture capital e das startups da qual os mais críticos e céticos tanto falam? Pois é, parece que ela está ainda em fase de crescimento, e distante de estourar ainda aqui na América Latina. Pelo 12º mês consecutivo, as companhias de alto crescimento da região captaram mais de US$ 1 bilhão com investidores, segundo levantamento do SlingHub.

Para ser exato, o volume foi de pouco mais de US$ 1,1 bilhão. O total é mais que o dobro dos US$ 530 milhões registrados 1 ano antes, mesmo com um número menor de rodadas: foram 78 em fevereiro de 2021 e 64 no mês que terminou na semana passada. O Brasil, como sempre lidera, com 49 deals (76% do total) que somaram US$ 743 milhões (67% do todo).

Tamanho dos cheques nas startups

A captação mais comum na América Latina foi a de estágio pre-seed seed (entre US$ 1 milhão e US$ 10 milhões), com tamanho médio de cheque de US$ 24,5 milhões.

Calma, o mercado não está (tão) insano assim – ou a sua rodada mais recente não foi subvalorizada. Por se tratar de uma média, os números ficam distorcidos mesmo. Isso porque o mês de fevereiro foi marcado por mega rodadas como os US$ 300 milhões que o espanhol BBVA colocou na Neon, os US$ 125 milhões captados pela Betterfly e os US$ 100 milhões que a Warburg Pincus colocou na Sólides – que em 30 dias tirou da Gupy o posto de maior rodada para uma hrtech latina.       

O SlingHub acompanha as movimentações em 7 países: Brasil México, Colômbia, Argentina, Chile, Peru e Uruguai. Em fevereiro, só os dois últimos não tiveram nenhuma rodada registrada.

Pelas contas do SlingHub, a América Latina ganhou 3 unicórnios ao longo de fevereiro: a brasileira Neon, a chilena Betterfly e argentina Technisys. Está última ganhou o status não em uma rodada de investimento privada, mas em uma operação de venda para a americana SoFi.

M&A

Ao longo de fevereiro, foram registradas 23 operações de fusão e aquisição, sendo 22 de aquisição e apenas uma de fusão. Fintechs e healthtechs foram os setores com mais atividade, sendo registradas 5 vendas de startups de tecnologia financeira e 5 da área da saúde – quase metade de toda a movimentação do período.

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