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O Pravaler, plataforma de soluções financeiras para educação, levantou R$ 20 milhões em uma emissão de debêntures rotuladas como Título Social (Social Bond) baseado no Social Bond Principles (SBP), formas de investimentos destinados exclusivamente ao enfrentamento de questões sociais.

O dinheiro será usado para escalar um produto lançado em março: o financiamento de cursos de curta duração às classes menos favorecidas. Nele, os cursos profissionalizantes podem ser financiados integralmente e parcelados em até 48 meses. A expectativa é liberar R$ 1 bilhão até 2025, aumentando a escala de atuação da empresa neste novo mercado, como parte do seu objetivo de beneficiar 1 milhão de alunos.

A emissão de dívidas atreladas a causas como princípios sociais preservação ambiental tem ganhado força entre as empresas na medida que consumidores fazem mais pressão para a adoção dos conceitos de ESG. Para se enquadrar como um social bond, ou como um green bond, a empresa precisa demonstrar que segue padrões e diretrizes relacionadas ao tema. No caso da Pravaler, o parecer para o enquadramento foi dado pela SITAWI Finanças do Bem, que desenvolve soluções financeiras para impacto social e faz a análise da performance socioambiental de empresas e instituições financeiras.

O Pravaler já financiou 170 mil estudantes e repassou mais de R$ 4 bilhões ao mercado de educação por meio de fundos de investimento em direitos creditórios (FIDC) usados em outras modalidades de empréstimo estudantil administradas por ela.

Para atingir a meta, a empresa trabalha em 4 frentes: expansão do portfólio, investimento e maior penetração do financiamento da graduação, soluções financeiras (gestão de finanças) para instituições de ensino, além de fusões e aquisições. Em 2020, o Pravaler estruturou uma equipe direcionada a estudar o mercado de educação e tecnologia, com objetivo de encontrar novas oportunidades de crescimento com M&A.

Segundo o diretor financeiro da companhia, Haroldo Carvalho, as debêntures foram distribuídas apenas para investidores profissionais, que tiveram apetite desde o início, e com os quais possuem relacionamento de longo prazo. Perguntado sobre as condições da emissão ele disse que por ter sido uma colocação privada, a companhia não daria detalhes. Ele também não disse se o Itaú teve participação no processo. O banco tem uma fatia de 42% da empresa.

“O mercado pede novas habilidades e desenvolvimento constante dos profissionais, é necessário investir em educação, seja para conseguir um novo emprego, ou para conquistar oportunidades de crescimento profissional. Por isso, acreditamos tanto neste produto. Além disso, a baixa oferta de soluções financeiras para este mercado, aumentam o potencial de crescimento acelerado da carteira”, comenta Haroldo.

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