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Quero ser banco: Stone compra fatia no Inter por R$ 2,5 bi

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Depois de dar um passo importante em sua estratégia de avançar no varejo com a compra da Linx, em novembro/20 – que ainda aguarda análise final do CADE -, a Stone agora vai desembolsar mais alguns bilhões por uma fatia no Inter, tornando-se investidor âncora do follow-on que o banco pretende fazer na B3.

Segundo fato relevante divulgado nesta segunda, a empresa investirá R$ 2,5 bilhões por uma participação de 4,99% no banco mineiro. O aporte terá como base um preço fixo de R$ 57,84 por ação emitida na oferta.

Como parte do acordo, a credenciadora poderá indicar um membro para o conselho de Administração da instituição e ainda terá direito de preferência em caso de venda do controle do Inter por até 6 anos.

As duas empresas também estão analisando as parcerias que podem vingar com a concretização do investimento. A conexão dos comerciantes credenciados à Stone ao marketplace do Inter, o InterShop, e a integração dos serviços de pagamentos móveis de ambas são alguns exemplos. A Stone já oferece uma conta digital para os lojistas que usam sua maquininha, enquanto o Inter tem uma conta digital par pequenas empresas que é bastante popular. Então, tem jogo aí.

O Inter pode, ainda, ajudar a Stone na melhoria de suas ofertas de capital de giro aos clientes. Como? Por meio de parcerias na oferta de investimentos em renda fixa, através de fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs).

A negociação envolveu a assessoria financeira do J.P Morgan, enquanto Spinelli Advogados, Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados foram os assessores legais.

Muito além da maquininha

Não é de hoje que a Stone tem priorizado a oferta de valor agregado ao invés de ficar apenas na oferta de menores taxas de aquisição de maquininha e de transações com cartões.

Em sua participação no MVP, um podcast do Startups, o presidente da empresa, Augusto Lins, destacou que a Stone tem feito uma série de aquisições, adicionando novas ofertas e serviços que vão além dos pagamentos. “Queremos ajudar o pequeno e médio empreendedor a vender mais, gerir melhor o seu negócio e crescer”.