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Nos últimos dias certamente passou pela sua timeline do LinkedIn, ou do Instagram, uma imagem do personagem Bob Axelrod, do seriado Billions, falando que quer virar um banco.

A postagem, na maioria dos casos, vem acompanhada de um comentário sobre planos de fintechs. Mas na verdade, essa é uma realidade para todas as empresas. As big techs têm suas carteiras digitais e têm feito parcerias com bancos. No Brasil, os varejistas estão acelerando o passo nesse sentido. O exemplo mais recente é a compra da fintech americana Airfox (fundada pelo brasileiro Victor Santos) pela Via Varejo.

As duas se aproximaram em 2018, quando anunciaram um acordo para criação de soluções de pagamento móvel e banco digital. Na época, a varejista ficou com a opção de comprar até 80% da fintech em até três anos. Em junho de 2019 elas lançaram o banco digital banQi. Em janeiro, a Via Varejo já tinha exercido sua opção de compra. Agora, comprou os 20% restantes, totalizando 100%. O valor da operação não foi revelado.

A concessão de crédito é algo que faz parte da operação dos varejistas brasileiros faz tempo – uma forma de dar acesso a compras à população desbancarizada ou com restrições de acesso a recursos no sistema financeiro tradicional. Mas para fazer isso, as redes, normalmente recorriam a financeiras, ou estruturas próprias que não têm a ver com seu negócio principal.

Com a redução dos custos de tecnologia e a simplificação de regras para aumentar a competição no setor financeiro, atuar nesse mundo ficou mais tranquilo.

Não é um jogo simples (a Grow queria viabilizar seu modelo de negócios de aluguel de patinetes se tornando uma carteira digital e não conseguiu avançar) nem menos competitivo (praticamente todo mundo está indo no mesmo caminho). Mas como a partida ainda está apenas no começo, não entrar nela agora pode ter consequências negativas mais adiante.

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