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A Rabbot, startup que desenvolveu uma plataforma de automação e orquestração de soluções para a gestão de frotas, acabou de captar R$ 23 milhões em uma rodada de série A, liderada pelo Bradesco Private Equity & Venture Capital. Além do fundo, a TegUP Ventures e Endeavor fizeram parte da rodada.

Com o investimento, a logtech planeja reforçar seus times de desenvolvimento para a sua plataforma SaaS, que utiliza robôs e Automação Inteligente de Processos (IPA) para orquestrar diferentes componentes que compõem a gestão logística em uma empresa. Além disso, a empresa tem como planos a médio e longo prazo a expansão para outros países da América Latina.

“Estamos resolvendo uma dor das empresas que é a de conectar diferentes dados, vindos de várias fontes, para otimizar a vida dos gestores de frota”, explica o cofundador e CEO da Rabbot, Bruno Pelikan, apontando que o segmento de logística está repleto de produtos para as mais variadas finalidades, mas todas isoladas uma da outra.

Segundo o executivo, a eficiência de soluções de telemetria, ou de cartão-combustível – passando por rastreamento, controle de rotas e outras – tem suas limitações. O software da Rabbot assume o papel de reunir estas informações, dando um maior contexto. Para ilustrar a funcionalidade da plataforma, Bruno cita um exemplo de uma solução de checklist de carga para veículos pesados, que se estivesse conectado a outras informações, como a do status do veículo, poderia prevenir quebras em meio à viagem. “Cruzando diferentes fontes de dados, um gestor pode detectar que caminhão precisa de manutenção antes de voltar à estrada”, explica.

Foto de Bruno Pelikan, cofundador e CEO da Rabbot, e o outro cofundador da logtech, Julio Herrera - Startups
Bruno Pelikan (dir), cofundador e CEO da Rabbot, e o outro cofundador da logtech, Julio Herrera

É um conceito descrito pelo CEO como “Open Logistics”, que consiste em construir, conectar e integrar de forma simplificada dados, processos e o ecossistema dessas empresas (postos de gasolina, mecânicas etc) às suas operações, frotas e ativos. “Nossa visão é permitir que tudo se conecte em nosso sistema operacional”, aponta Bruno.

O executivo classifica sua solução como algo que não necessariamente compete de forma direta com os vários outros players neste mercado. “Não entendo como competição, e sim como uma parceria. Não estamos interessados em criar um novo rastreador de frota, mas sim queremos conectar os melhores do mercado”, ressalta.

Crescimento acelerado

Com o aporte, a startup paulistana pretende mais do que dobrar seu atual quadro de 40 colaboradores este ano, com aproximadamente 100 funcionários atendendo a marcas como Patrus Transportes, Tegma, Porto Seguro e ALD Automotive.

De acordo com a startup, a plataforma já acumula cerca de 700 aplicações em projetos com clientes e mais de 2,8 milhões de veículos gerenciados, entre veículos pesados e leves. “O volume maior vem obviamente das frotas leves, já que atendemos seguradoras, mas nossos projetos com maior complexidade e ticket estão nas transportadoras, e é algo que buscamos escalar”, aponta Bruno. Apesar de não abrir números, o empreendedor espera repetir em 2022 o crescimento do ano passado, em que a Rabbot dobrou a sua operação.

Na visão do diretor do Private Equity & Venture Capital do Bradesco, Rafael Padilha, a Rabbot se destaca por oferecer uma solução integrada, automatizada e personalizada para empresas em um setor ainda muito dominado por processos analógicos ou tecnologias em silos. “A inovação do Open Logistics é observada no momento em que a startup passa a ir além da gestão de frotas, englobando a gestão de ativos e a conexão do ecossistema. Vimos aí uma evolução no modelo de negócios que resulta em uma perspectiva de crescimento exponencial em número de usuários”, comenta.

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