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Com a demanda em alta por conta da pandemia e em meio a um processo de entrada em nova categorias, o aplicativo colombiano Rappi abriu uma nova captação para levantar US$ 350 milhões.

“Estamos bastante entusiasmados em ter o apoio de investidores novos e já existentes, e este investimento demonstra confiança no nosso negócio e no mercado. Temos uma equipe incrível e apaixonada que fará deste novo investimento um forte impulsionador de crescimento, não apenas para o Rappi, mas – o mais importante – também para nossos parceiros, incluindo restaurantes, empresas e serviços de entrega locais, e para a digitalização da região”, disse Simon Borrero, fundador e presidente da Rappi, em comunicado.

A rodada, que foi aberta no começo de setembro, foi registrada na SEC, o órgão regulador do mercado de capitais dos EUA no fim da semana passada. De acordo com o documento, já foram levantados US$ 156 milhões – o que deixa US$ 194 milhões ainda a serem captados. Até o momento, 77 investidores colocaram recursos na companhia. Ainda não há informações sobre quem foram esses investidores.

Os novos recursos chegam pouco mais de um ano depois de a companhia ter recebido uma rodada de US$ 1 bilhão. Em entrevista ao Valor em julho, Sérgio Saraiva, presidente da companhia no Brasil disse que a companhia ainda tinha uma boa parte destes recursos e estava usando o caixa para  folga de caixa para financiar ações de apoio aos entregadores e parceiros (como a redução do prazo de pagamento para os restaurantes).

Superapp

A estratégia do Rappi é de se tornar um superaplicativo, reunindo em só lugar diversas opções de produtos e serviços. Em julho, foram incorporados três opções na área de entretenimento (jogos, eventos ao vivo e música).

Desde sua fundação em 2015 a Rappi captou US$ 1,4 bilhão em oito rodadas. A maior delas, de US$ 1 bilhão, aconteceu em março do ano passado. A rodada liderada pelo SoftBank representou o primeiro grande investimento do fundo de US$ 5 bilhões criado pelo grupo japonês para a América Latina e avaliou o aplicativo em US$ 2,5 bilhões (pre-money), o dobro do montante alcançado seis meses antes quando ele atingiu o status de unicórnio.

Além da SoftBank o Rappi tem entre seus investidores Sequoia Capital, DST Global, Redpoint eventures, Andreessen Horowitz, Endeavor Catalyst e ONEVC.

O documento apresentado à SEC é assinado por Simon Borrero, Sebatian Mejia, Felipe Villamarin (fundadores do Rappi), Michael Abramson (Sequoia Capital), Jeff Housenbold (SoftBank) e Niklas Österberg, fundador do alemão Delivery Hero, que investiu no Rappi em 2018.

Na semana passada, o Delivery Hero anunciou a compra do restante da operação na América Latina da espanhola Glovo, chegando a um total de oito países atendidos diretamente. O aplicativo ainda tem uma fatia minoritária (49%) em uma joint venture com o iFood na Colômbia. Delivery Hero e iFood têm como investidor em comum a Prosus, braço de investimento em empresas de tecnologia da sul-africana Naspers.

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