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O mercado de venture capital continua acelerado em números de rodadas realizadas por mês. Em julho, foram investidos US$ 484,4 milhões em startups brasileiras, em 44 rodadas. Isso significa um crescimento de 35% na comparação com os US$ 102,1 milhões transacionados no mesmo mês de 2020.

Considerando o período janeiro a julho, foram US$ 5,6 bilhões em 412 rodadas de investimentos, sendo 284 early stage e 128 late stage. Os números são do Inside Venture Capital Brasil, do Distrito Dataminer, braço de inteligência de mercado do Distrito.

E, olha só, embora as fintechs tenham sido responsáveis pelo maior número de rodadas em julho (14), foram as retailtechs que levantaram mais recursos (US$ 191,6 milhões). As startups de serviços financeiros movimentaram US$ 174,8 milhões. Em terceiro lugar está a vertical de healthtech, com US$ 33,1 milhões investidos. O destaque do mês foi a Pipo Saúde, que levantou R$ 100 milhões na maior série A do mercado de saúde.

O relatório mostra ainda que os maiores aportes do período foram os US$ 170 milhões captados pelo app de entregas Daki em uma rodada série A, seguidos pelos US$ 58,6 milhões captados pela fintech carioca Blu em uma série B. O banco digital Will.Bank também está na lista com os US$ 49,3 milhões investidos pela XP Private Equity e Atmos Capital.

Fusões e aquisições

Considerando o mercado brasileiro de fusões e aquisições (M&A), foram 18 transações feitas em julho. No ano, o acumulado chega a 134 negócios realizados entre janeiro e julho, superando 97% das fusões e aquisições feitas em 2020. Fintechs (25), retailtechs (22) e martechs (17) são as verticais mais procuradas.

Destaque para as compras da Minuto Seguros e Volanty pela Creditas, uma máquina de aquisições (te cuida Locaweb?). Também se destacaram a compra da Credpago pela Loft; a aquisição do Repassa pelas Lojas Renner; e o Guiabolso comprado pelo PicPay.

“O processo de transformação digital das grandes empresas aliado a um maior poder de barganha das big techs no país foram responsáveis por manter o mercado de fusões e aquisições tão aquecido”, disse Gustavo Gierun, cofundador do Distrito, em evento on-line com jornalistas.

O crescente interesse de unicórnios estrangeiros no ecossistema brasileiro também merece atenção. O mais recente exemplo é a chegada da edtech indiana BYJU’S no Brasil. “O mercado brasileiro é complexo pela regulação e tributação, e é interessante acompanhar como os players globais vão se posicionar e atacar o mercado. De qualquer maneira, é positivo ao país, pois vai gerar competitividade e empregos”, pontua Gustavo.

 

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