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O ano começou com demissões para a Rock Content. A empresa, que está fazendo essa semana a divulgação interna de seu plano estratégico para 2023, está promovendo o que foi chamado por um de seus executivos de um “ajuste interno”. No nosso vocabulário, a gente sabe bem o que isso significa: diversos profissionais, incluindo funcionários de longa data, foram desligados.

Os colaboradores foram comunicados dos cortes na manhã desta quarta-feira (11), e por volta do meio-dia já foi possível ver posts no LinkedIn de alguns profissionais divulgando suas demissões. Em nota divulgada pela própria Rock Content no seu blog, a empresa confirmou a demissão de 15% de sua força de trabalho.

Apesar da confirmação, a companhia não deu detalhes sobre quais as áreas afetadas ou o número exato de demitidos. Segundo dados da empresa no LinkedIn, a Rock Content conta atualmente com 929 funcionários – no entanto, esse número pode incluir freelancers. Além disso, segundo o que a reportagem do Startups conseguiu apurar junto a fontes e nas redes sociais, áreas como as de tecnologia e de vendas foram afetadas, incluindo a demissão de funcionários antigos da companhia.

“Foi uma decisão difícil, mas necessária, para permitir que a Rock se tornasse uma empresa mais sustentável e focada, permitindo que retornássemos à lucratividade. Embora algumas coisas que nos trouxeram até aqui estejam fora de nosso controle, a responsabilidade por essa decisão cabe a mim como CEO”, afirmou o líder da companhia, Diego Gomes, em comunicado.

De acordo com o CEO, a empresa já tinha feito esforços ao longo de 2022 para tornar sua operação mais enxuta. Segundo apurou o Startups junto a ex-funcionários da empresa, no ano passado a empresa já estava passando por dificuldades e fez cortes pontuais esporádicos, a fim de não se enquadrar na onda corrente de ondas maiores de layoffs vistas em outras startups.

Entretanto, segundo afirmou Diego no comunicado, os esforços não foram o bastante, e a empresa fechou o ano abaixo do esperado. “Não que não trabalhamos muito, na verdade trabalhamos, mas perdemos eficiência operacional e nos tornamos mais complexos. Apesar de todo o nosso trabalho árduo, nossos esforços não foram suficientes para nos levar aonde precisávamos”, avaliou.

Mais simples e focada

Tentando olhar pelo lado positivo das coisas, Diego afirmou que os cortes servirão para reconectar a Rock Content com suas raízes de startup, focando na aceleração do modelo self-service para os clientes e com um portfólio mais simplificado.

“Esses ajustes nos permitirão atingir nossas metas de lucratividade, tornando-nos menos dependentes das condições externas de mercado e do capital externo para exercer mais controle sobre nosso destino”, completou o CEO.

A tendência continua

Depois de um começo de dezembro movimentado, com empresas como Alice, Loft e outras promovendo cortes à sombra de seu fechamento de ano, 2022 chegou a ter um momento de alívio no recesso da segunda quinzena de dezembro.

Entretanto, a Rock Content abriu a leva de 2023 – e segundo o que a reportagem do Startups ouviu de diversas fontes de mercado, a tendência deve continuar nos próximos meses, frente ao complicado cenário econômico que persiste. A gente não quer ser pessimista nem nada, mas segurem-se: vem mais aí.

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