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O Sebrae for Startups, frente do Sebrae-SP com foco no ecossistema de inovação, lançou duas iniciativas direcionadas exclusivamente para fundadores negros de startups. Batizadas de Black Start e Black Factory Fellowship, as ações são a primeira grande movimentação da organização para apoiar a comunidade negra empreendedora.

“Existem outros programas para empreendedores negros e não queríamos fazer mais do mesmo, nem ser concorrente dos que já atuam nessa frente. A proposta era somar”, afirma Daiane Almeida, Team Leader de Startups Digitais do Sebrae for Startups. Pensando nisso, o foco do Black Start está em startups em fase de pré-operação. Empreendedores que têm uma ideia de negócio, conseguiram construir a primeira versão do produto, mas têm dificuldade em emplacar as vendas e, muitas vezes, não têm clientes e ainda não vivem desse negócio.

O projeto gratuito atenderá até 50 startups digitais fundadas por pessoas autodeclaradas negras. “Tiramos algumas exigências que existem em outros programas. Não precisa ter sócio, nem faturamento”, explica Daiane. O empreendedor precisa residir em qualquer cidade do Estado de São Paulo, ou ter uma empresa com CNPJ na região.

A base do programa são as imersões. Ao longo de 4 meses, os participantes participarão de encontros quinzenais para trabalhar soft e hard skills. As conversas abordarão temas como a insegurança de começar a empreender, e o equilíbrio entre ter uma empresa que gere impacto e seja financeiramente sustentável.

“O objetivo é ser mais do que uma transferência de conteúdo. Que o empreendedor  consiga produzir coisas e saia algo aplicável na vida real”, pontua Daiane. O Black Start oferecerá workshops de capacitação, conexões e acesso à rede do Sebrae for Startups, mentorias com profissionais e encontros de acompanhamento. As inscrições estão abertas até o dia 12 de setembro (corre!).

Ciência também tem vez

Já no Black Factory Fellowship o objetivo é criar uma rede de fundadores negros de startups de base cientifica e tecnologia avançada – as famosas deeptechs. O foco está em empresas ligadas pesquisa, academia e/ou atuem com biotecnologia, ciências da vida, robótica, inteligência artificial, internet das coisas, hardware, blockchain, entre outros.

“O objetivo é dar oportunidade a esses empreendedores e furar a bolha do ecossistema de startups científicas do Estado de SP”, afirma Lucas Lima, coordenador de programas de inovação científica do Sebrae for Startups. “O ecossistema exclui as pessoas e não é muito convidativo. Valorizar e mostrar que existem empreendedores negros na área de ciência e tecnologia é mais do que essencial”, completa.

O programa é baseado em 3 pilares: visibilidade, conexão e acesso a oportunidades. Os selecionados terão 12 meses de suporte gratuito, contando com apoio para busca de investimento, suporte para acesso a crédito de inovação, consultorias tecnológicas e de negócios, suporte na geração de oportunidades de vendas, entre outros. 

Segundo Lucas, a resposta ao programa tem sido positiva e essa primeira edição deve ter entre 20 e 30 empresas. Para participar, as startups precisam ter CNPJ registrado no Estado de São Paulo, ter um fundador negro e utilizar tecnologia avançada/ser de base cientifica. As inscrições também estão abertas até o dia 12 de setembro.

Lucas e Daiane garantem que as iniciativas do Sebrae For Startups para ampliar a diversidade do ecossistema não devem parar por aí. “Vamos nos movimentar para sempre ter mais programas como esses. Isso é uma visão de toda a equipe e com certeza terão mais projetos voltados à diversidade”, conclui Lucas.

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