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Caramba, SoftBank. Dois anos depois de levantar US$ 604 milhões na listagem do SVF Investment Group, companhia com propósito específico de aquisição (SPAC), o fundo não encontrou uma empresa para concretizar a fusão esperada dentro do prazo previsto para esse tipo de veículo. Com isso, a gestora terá que dissolver a SPAC e devolver o dinheiro aos investidores.

Segundo informações da Bloomberg Linea, confirmadas pelo fundo em comunicado, o SoftBank pretende realizar a deslistagem da SVF na Nasdaq no dia 27 de Janeiro, já que não consumará uma combinação inicial de negócios até o dia 21, prazo máximo permitido para o fechamento de uma proposta.

A SVF é um dos três veículos de SPAC que o fundo de Masayoshi Son tem no momento, todos eles criados ainda em um momento em que os SPACs eram algo quente no mercado, durante o período fértil dos investimentos em startups. Na empolgação do mercado, diversos fundos e empresas resolveram fazer captações para suas empresas de “cheque em branco”. Em 2021, foram 613 SPACs listados, mais que o dobro dos 247 do ano anterior.

Contudo, o jogo virou em 2022, com a bolsa e diversas startups listadas em baixa, e então as coisas mudaram. Ano passado, foram só 76. Segundo muitos analistas, muitos SPACs se tornaram “elefantes brancos”, com muitos investidores querendo abandonar suas posições e o risco se tornando ainda maior para investimentos de alto valor.

Entretanto, o relógio segue contando para outras SPACs ainda em aberto no mercado. É o caso do veículo do Valor Capital Group, que está em busca de uma companhia para fazer sua fusão. Segundo revelou o fundo a veículos de imprensa no final de 2022, ele está em modo de procura e sentando à mesa com diversas empresas.

No segundo semestre de 2023 também vence o prazo da SPAC da MELI Kaszek Pioneer Corp, que segundo o próprio nome sugere, é resultado de uma união de forças do Mercado Livre com o fundo Kaszek. Ela resultou em um IPO de US$ 287,5 milhões, voltado a um investimento na América Latina.

Outros SPACs criados em 2020 e 2021 já tiveram o seu desfecho. É o caso da XP, da Alpha Capital e da Mercato Partners. Essa última foi a mais recente em anunciar sua fusão, adquirindo a startup de SaaS Nuvini. Por sua vez, em novembro a Alpha Capital oficializou a fusão com a empresa de big data Semantix. Antes disso, em maio do ano passado, de forma bem discreta, a XP anunciou para o seu SPAC de mais de US$ 200 milhões a fusão com a empresa de biotecnologia brasileira SuperBac.

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