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Mais uma grande empresa global de tecnologia está fazendo uma demissão em massa. O nome da vez é o do serviço de streaming Spotify, que deve cortar aproximadamente 6% de sua força de 9,8 mil funcionários, o que deve impactar cerca de 600 pessoas.

Segundo reportou a Bloomberg, o anúncio dos cortes ocorreu nesta segunda (23), a partir de um memorando interno do CEO Daniel Ek. Dawn Ostroff, chefe de conteúdo e anúncios que foi fundamental para o crescimento do negócio de podcasting do Spotify, e que também está deixando a empresa.

A saída de Ostroff se liga a outro movimento que a companhia fez no fim do ano, enxugando a sua operação própria de podcasts, demitindo 38 funcionários de seus estúdios Gimlet Media e Parcast.

Segundo o CEO, as demissões fazem parte de uma reestruturação organizacional da companhia, focada em aumentar eficiência, reduzir custos e acelerar o tempo de decisão para projetos internos. “Como parte desse esforço, e para alinhar nossos custos, tomamos a difícil, mas necessária, decisão de reduzir nosso número de funcionários”, afirma Daniel Ek.

Para explicar os motivos do passaralho, o fundador do Spotify destacou que tentou minimizar os impactos do cenário macroeconômico em sua operação.

“Como muitos outros líderes, esperava sustentar os fortes ventos favoráveis da pandemia e acreditava que nossos amplos negócios globais e o menor risco do impacto de uma desaceleração nos anúncios nos sustentariam”, escreveu o CEO. “Em retrospectiva, fui ambicioso demais ao investir antes do crescimento de nossa receita. Assumo total responsabilidade pelos movimentos que nos trouxeram até aqui hoje”, disse Daniel.

Serviço de streaming

Embora o Spotify seja o maior serviço de streaming de música do mundo, ele historicamente ficou conhecido por seu foco em crescimento, em vez de gerar lucro. Nos últimos anos, investiu pesadamente em podcasts e, mais recentemente, em audiolivros na tentativa de atrair usuários para sua plataforma e, em seu último lançamento de resultados, o Spotify tinha 195 milhões de assinantes premium e 456 milhões de usuários ativos mensais.

Em seus últimos resultados trimestrais, a empresa registrou uma receita total de € 3 bilhões (cerca de US$ 3,3 bilhões, um aumento de 21% em relação ao ano anterior), com € 2,7 bilhões (cerca de US$ 2,9 bilhões) provenientes de assinantes premium e receita suportada por anúncios chegando a € 385 milhões (cerca de US$ 419 milhões). A empresa registrou um prejuízo operacional de € 228 milhões no trimestre (cerca de US$ 248 milhões).

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