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O mercado de venture capital está com tudo. Em 4 meses, os aportes em startups movimentaram US$ 2,35 bilhões, o equivalente a 66% do movimentado em 2020, segundo o Distrito. Foi um crescimento de 187% na comparação com o mesmo período do ano passado. Em termos de negócios, foram 207 registrados entre janeiro e abril. Só em abril foram US$ 348 milhões em 38 operações. “A perspectiva é positiva e 2021 deve superar 2020 com folga se não acontecer nenhuma catástrofe”, disse Gustavo Gierun, fundador e diretor do Distrito, em evento on-line com jornalistas. Em 2020 o Distrito contabilizou 522 negócios que somaram US$ 3,5 bilhões investidos.

O desempenho no começo de 2021 foi puxado pelas mega rodadas. Só duas empresas responderam por quase 40% do volume total. Em janeiro, o Nubank levantou US$ 400 milhões. Em março, a Loft anunciou uma rodada de US$ 425 milhões, que foi complementada com mais US$ 100 milhões no mês passado. Apesar dessa concentração, Tiago Ávila, sócio do Distrito e responsável pelo Dataminer, o serviço de informações da companhia, avalia que há um crescimento nos investimentos em fases anteriores. “É o início de um early stage mais desenvolvido”, disse.

Considerando os investimentos por verticais, a que mais se destacou no período “para surpresa de ninguém” foi a de fintechs. As startups brasileiras de serviços financeiros receberam US$ 731 milhões em investimentos no primeiro quadrimestre do ano. Em seguida estão as proptechs, retailtechs, edtechs e logtechs, respectivamente.

Para Gierun, um dos destaques do período foi a atuação de fundos que historicamente não atuavam no Brasil, como o americano D1, que liderou a série C da Loft. Para ele, não se trata apenas de uma questão cambial – com o dólar valendo tão pouco, fica interessante tomar um pouco de risco no Brasil – mas de achar retornos interessantes. “O câmbio ajuda, mas os investidores estão vindo pela oportunidade de ganho de escala, do mercado gigantesco que as empresas têm a explorar aqui e em outros países. Isso aliado às possibilidades de liquidez que estão ficando mais claras”, afirmou.

De fato, o movimento de fusões e aquisições também anda bem animado nesse começo de ano. Ao todo, foram 77 operações, sendo 8 só em abril. A Locaweb é a empresa que fechou mais negócios.

 

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