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Alugar um apartamento mobiliado digno de revista de decoração por 1 mês ou mais, com tudo o que você precisa. Essa é a proposta da proptech Tabas, que anuncia a captação de R$ 80 milhões (US$ 14 milhões) em rodada série A liderada por outra proptech, a Blueground. Do total, US$ 6,6 milhões foram obtidos em equity e outros US$ 7,3 milhões em dívida com outros investidores. A Echo Capital, gestora de Guilherme Weege, controlador da Malwee, e Nelson Tanure também participaram da rodada.

O objetivo da proptech fundada no início de 2020 é se tornar a maior operadora de aluguel flexível para estadias de médio e longo prazo da América Latina (ouviu isso, Housi?). O novo aporte vem para dar um empurrãozinho nessa missão. A empresa pretende usar a grana para acelerar a expansão e crescer para mais bairros em São Paulo e no Rio de Janeiro, onde já atua, e para outras cidades do Brasil, primeiramente em Brasília. Em 2023, o México será o primeiro destino internacional da proptech.

Voltando a 2022, o plano também inclui aprimorar a tecnologia e desenvolver novos serviços e soluções para viajantes corporativos e empresas de realocação. Neste ano a Tabas prevê ainda o lançamento de produtos financeiros para os proprietários, em conjunto com fundos de investimento. Para suportar todo esse ânimo, a equipe da startup deve saltar de 80 para 120 funcionários. O grand finale é encerrar o ano com 1.200 apartamentos na plataforma – hoje são 360 somando os do Rio e de SP.

Leonardo Morgatto e Simone Surdi, cofundadores da proptech Tabas

Ônus e bônus

Segundo o cofundador Leonardo Morgatto, para se diferenciar no mercado a Tabas aposta na locação flexível e na entrega de apartamentos totalmente reformados. “Nossa estratégia começou por bairros nobres, pois vimos uma grande oportunidade em transformar apartamentos em condições deterioradas nessas regiões em um produto 100% moderno”, conta. Para deixar os apartamentos dignos de capa de revista, a startup conta com uma equipe com mais de 10 arquitetos.

O contrato de locação com os proprietários é de 6 anos, enquanto para quem aluga, o mínimo exigido é de 1 mês. Segundo Leonardo, a média de estadia dos clientes é de 4 meses. O curto período de moradia varia entre pessoas que estão de passagem na cidade a trabalho ou até mesmo aqueles que precisam se isolar por conta da Covid-19 e alugam um apartamento durante 1 mês. Confesso que fiquei encantada com um duplex em Pinheiros onde não seria nada mal fazer meu home office.

No entanto, é preciso abrir bem o bolso para desfrutar de tudo isso. Os aluguéis de apartamentos com 1, 2, 3 ou mais dormitórios variam de R$ 5.490 até R$ 30 mil, incluindo condomínio, IPTU e todas as contas. Em SP, o cardápio inclui bairros nobres como Itaim Bibi, Vila Olímpia, Vila Nova Conceição, entre outros, enquanto no Rio de Janeiro, é possível alugar apartamentos no Leblon e em Ipanema.

Crescimento na pandemia

Lançada no olho do furacão da pandemia, a Tabas conseguiu crescer, mesmo com um cenário econômico nada favorável. O negócio expandiu dez vezes no último ano, mantendo uma taxa média de ocupação de 93%.  A expectativa é de encerrar 2022 com R$ 120 milhões de aluguéis sob gestão. 

Em 2 anos de operação, a Tabas já foi agraciada com um investimento anjo de US$ 500 mil, depois com um seed de US$ 1,5 milhão e agora vai alçar voos maiores com os US$ 80 milhões. “A Tabas está traçando um caminho para uma nova forma de viver. Para os proprietários, somos uma solução estável, enquanto para os locatários, oferecemos um lugar para se sentirem em casa com a liberdade de viver como, onde e por quanto tempo desejarem”, diz Leonardo.

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