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A onda de demissões esperada com a chegada de Elon Musk ao comando do Twitter chegou. A empresa iniciou nesta sexta (4) um passaralho global em sua força de trabalho, atualmente composta por mais de 7,5 mil funcionários, inclusive com cortes no Brasil.

Os cortes foram anunciados ainda na noite de quinta-feira, com algumas fontes ligadas à empresa afirmando que eles poderiam chegar a 50% do quadro global da empresa, ou 3.750 funcionários, atingindo praticamente todas as áreas de negócio. As demissões ainda estão ocorrendo, o que dificulta ainda para ter uma noção total do número de pessoas dispensadas.

Contudo, não demorou para o Brasil também ter suas demissões. Segundo relatos de fontes de mercado, parte dos 150 funcionários do Twitter Brasil tiveram seus computadores de trabalho bloqueados na madrugada de quinta para sexta, e receberam emails em suas contas pessoais alegando que seus cargos não eram mais necessários. Apesar disso, o Twitter nacional ainda não lançou um comunicado oficial sobre os cortes no país.

Sobre a decisão de fazer cortes a nível global, o New York Times teve acesso a um email divulgado pelo Twitter a seus funcionários. “Em um esforço para colocar o Twitter em um caminho saudável, passaremos pelo difícil processo de reduzir nossa força de trabalho global”, dizia o e-mail. “Reconhecemos que isso afetará vários indivíduos que fizeram contribuições valiosas ao Twitter, mas infelizmente essa ação é necessária para garantir o sucesso da empresa no futuro”.

Desde que Elon Musk concluiu a compra da rede social por US$ 44 bilhões, na semana passada, a palavra de ordem é mudança. Imediatamente após a compra, ele demitiu seu presidente-executivo e outros altos executivos. Desde então, mais executivos se demitiram ou foram demitidos, enquanto os gerentes foram solicitados a elaborar listas de funcionários de alto e baixo desempenho, provavelmente com vistas a cortes de empregos.

Musk também trouxe mais de 50 engenheiros e funcionários de suas outras empresas, incluindo a Tesla, para revisar as listas de demissões de funcionários e a tecnologia da plataforma social.

O dono da Tesla enfrenta pressão para fazer o Twitter funcionar financeiramente, vindo de partes que ajudaram o bilionário a levantar os fundos para fechar o negócio. Ele adquiriu US$ 13 bilhões em dívidas pela aquisição e está prestes a pagar cerca de US$ 1 bilhão por ano em pagamentos de juros. Além disso, o Twitter ainda não é uma empresa saudável financeiramente, com um fluxo de caixa pouco robusto.

A estratégia de Musk pode ter um alívio inicial com o corte de custos para que a operação da empresa seja mais barata. Além disso, o bilionário já acenou para novas formas de monetização da plataforma, como a cobrança de uma mensalidade  US$ 8 para os usuários que desejam ter seus perfis verificados.

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