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A fintech mexicana Clara, que oferece soluções de gerenciamento de gastos corporativos, começa a semana de caixa cheio. A companhia anunciou hoje (8) que recebeu uma linha de crédito inicial de US$ 50 milhões do banco Goldman Sachs, que pode chegar a até US$ 150 milhões. 

Em comunicado, a startup disse que os recursos serão usados para expandir suas soluções de crédito corporativo e acelerar a expansão na América Latina. “Esse financiamento vai alavancar nosso crescimento regional planejado e também nos permitirá atender com sucesso a mais empresas, em mais países da região, com nosso cartão corporativo e plataforma de gerenciamento de gastos, bem como nossas soluções inovadoras de liquidez de curto prazo”, disse Gerry Giacomán Colyer, CEO e cofundador da Clara, em nota.

A companhia trabalha com mais de 6 mil empresas no México, Brasil e Colômbia, e pretende dobrar esse número até o fim do ano. Segundo a Bloomberg, a Clara está trabalhando na próxima expansão para o Peru e o Chile.

O financiamento chega apenas 8 meses depois da série B. O aporte de US$ 70 milhões foi liderado pela gestora Coatue e fez da Clara o mais novo unicórnio latino – e a empresa mais rápida a atingir o posto, com apenas 8 meses de operação. Na época, a companhia disse ter planos de investir em tecnologia e se crescer pela América Latina, com um grande foco para o Brasil.

Para sustentar esse crescimento, a Clara tem reestruturado suas operações. Recentemente, a companhia contratou o brasileiro André Henrique Santoro (ex-CitiBank e RappiBank Brasil) como novo diretor de risco. A startup também anunciou que Tina Reich, ex-diretora de crédito da American Express, está trabalhando em colaboração consultiva com a Clara.

“O acordo [com o Goldman Sachs] dá à fintech mais capital para crescer as suas operações e consolidar sua infraestrutura. Vamos levar a transformação digital para a área financeira e administrativa das empresas latinoamericanas, contribuindo para o maior controle e eficiência do gerenciamento das despesas corporativas”, diz André, em comunicado.

Fornecer linhas de crédito para grandes players globais tem sido uma estratégia recorrente do Goldman Sachs. Em abril, o banco participou do financiamento de US$ 650 milhões do Nubank, que contou também com a participação de Morgan Stanley, Citi e HSBC. No último mês, o Goldman injetou US$ 233 milhões no Mercado Livre para que ele ampliasse sua oferta de crédito para pessoas físicas e pequenas empresas no Brasil e no México.

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