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Enquanto a brasileira Ebanx ainda flerta com a possibilidade de fazer um IPO, a fintech de pagamentos uruguaia dLocal fez uma bem-sucedida estreia na Nasdaq nesta semana. Os papéis da companhia subiram quase 50% no início do pregão nos EUA ontem, chegando a ser negociados por US$ 31 cada, valor 47% maior que os US$ 21 definidos para o seu IPO. Hoje, o papel já está na faixa dos US$ 37 e o valor de mercado da companhia passa de US$ 11 bilhões.

O valor é praticamente 10x maior que os US$ 1,2 bilhão pelos quais a companhia foi avaliada em sua última rodada de investimento, liderada pela General Atlantic, em setembro do ano passado.

Na oferta pública, a dLocal captou US$ 617,7 milhões com a venda de 29,4 milhões de ações — 4,4 milhões ofertadas pela empresa e o restante vendido por investidores. Na lista de acionistas a companhia tinha, além da GA, Tiger Global, D1 e Endeavor Catalyst (que também é investidor da Ebanx). J.P. Morgan, Goldman Sachs, Citigroup e Morgan Stanley coordenaram a oferta.

Segundo o presidente da fintech, Sebastián Kanovich, a ideia é usar o dinheiro do IPO para adicionar produtos à sua plataforma e expandir geograficamente. Presente em 29 países, a meta é chegar a 35 nações atendidas até o fim de 2021. Hoje a dLocal possui escritórios no Uruguai, Brasil, Estados Unidos, Israel e Europa. Fundada em 2016, a empresa possui mais de 330 comerciantes em sua plataforma, incluindo Amazon e Microsoft.

Pagamento parcelado no Brasil

No início do ano, a empresa fechou um acordo com a fintech brasileira de crédito para pequenas empresas Dinie, passando a oferecer no Brasil pagamentos em parcelas – buy now, pay later, ou BNPL.

Por exemplo, uma empresa cliente da dLocal que fizer anúncios no Facebook terá a opção de “Pagar com Dinie” para contratar sua campanha. Ao fazer essa escolha, ela acessa uma linha de crédito de até R$ 50 mil oferecida pela fintech, podendo dividir a conta em 3 a 9 parcelas, com juros a partir de 1,99% ao mês.

Ao buscar uma parceria e não desenvolver um sistema próprio, a dLocal acelera a oferta de uma modalidade de pagamentos importante para o mercado brasileiro, sem dar mais complexidade à sua operação, tendo que atuar na análise e concessão de crédito. Ela também evita se colocar como uma concorrente das bandeiras de cartão de crédito criando seu próprio meio de pagamento.

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