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A Via Varejo anunciou hoje pela manhã a compra de uma participação de 16,6% na Growth Partners Investimentos e Participações, controladora do Distrito. O valor investimento não foi revelado. É a primeira captação externa do negócio fundado por Gustavo Gierun e Gustavo Araújo. “É a nossa rodada seed”, disse Araújo, durante live com jornalistas para falar sobre o negócio. A avaliação é que negócio teria, na verdade, um perfil de série A pelo valor do cheque.

A ideia é que o Distrito apoie o varejista em meio ao seu processo de turn around, que tem passado por um investimento em startups. Neste ano, a varejista já comprou a Airfox, a Zaplog e a i9XP. “Ao invés de olhar startup a startup, porque não se conectar ao maior ecossistema do país, olhando para tudo e para todos?”, disse Roberto Fulcherberguer, presidente da Via Varejo, que também participou da live. “Já estamos tirando a diferença de quem está no mercado. Estamos fazendo o maior turn around do varejo brasileiro porque saímos do óbvio. Estamos somando pessoas e ecossistemas que possam acelerar. E o Distrito ganhou um ecossistema gigantesco com 85 milhões de consumidores”, disse o executivo que assumiu o cargo em julho do ano passado.

Fundado em 2014, o Distrito faz projetos de inovação aberta junto a 65 empresas e mais de 300 startups que estão conectadas à sua plataforma de aceleração. A empresa também tem 11 laboratórios corporativos de inovação dedicados em operação conjunta. A empresa tem um programa de mantenedores que conta com nomes como KPMG, AstraZeneca, Grupo Mafra, HDI Seguros e Rumo. Em meio à pandemia, associações e projetos que dependem de investimentos corporativos enfrentaram dificuldades por conta da necessidade de revisão de contratos e redução de custos.

De acordo com Araújo, as conversas com a Via Varejo começaram no intuito de aproximar as companhias, não na busca por investimento, mas acabaram avançando nesse sentido por proposição da varejista. “Ficamos entusiasmados, fazia sentido investir para acelerar eles”, disse Fulcherberguer. O Startups apurou que no primeiro semestre o Distrito estava com uma rodada de investimentos aberta para seu produto de dados, o Dataminer.

Perguntado sobre possíveis conflitos de interesse com os outros mantenedores por conta do aporte, ele disse que não enxergava isso, pelo contrário. “Tem muitas das empresas me procurando desde que o fato relevante saiu pra trabalhar junto. Continuamos atuando de forma independente, sem viés. O time de mantenedores está adorando a notícia”, disse.

De acordo com Gierun, com os recursos aportados pela Via Varejo, o Distrito vai investir em tecnologia, contratações, desenvolvimento de novos produtos e aquisições. A empresa tem hoje 88 pessoas e 30 vagas em aberto.

Segundo ele, o acordo com a Via Varejo não prevê a opção de compra de participação adicional. “No momento não temos necessidade de capitalizar mais. Mas vamos sempre discutir”, disse Gierun.

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