Quase 50% dos devs querem auxílio educacional; poucas empresas oferecem

Com os avanços das inovações tecnológicas, é natural que profissionais do setor tenham que atualizar seus currículos e ampliar conhecimentos para acompanhar a evolução do mercado. Por isso, segundo uma pesquisa da edtech Gama Academy, muitos desenvolvedores desejam receber suporte educacional das empresas em que trabalham para conseguir estudar.

“O mercado de tecnologia é extremamente dinâmico e competitivo, e investir na capacitação dos colaboradores é uma forma de garantir a evolução profissional e a entrega de resultados cada vez mais qualificados frente aos desafios dinâmicos do setor”, afirma Guilherme Junqueira, CEO da Gama Academy, em nota.

Os dados da “Tech Jobs” revelam que 49% dos desenvolvedores gostariam de ter o suporte de programas de educação continuada para aprimorar suas habilidades. No entanto, apenas 33% das empresas oferecem o benefício aos colaboradores. A pesquisa ouviu 1.016 profissionais e 648 empresas, incluindo companhias nacionais (53,9%), multinacionais (21,8%), startups (12,2%), microempresas (4,9%), agências (3,1%) e órgãos públicos, ONGs e instituições de ensino (4,1%).

As empresas respondentes atuam em diferentes setores. Entre eles, tecnologia (34,2%), prestação de serviços (11,9%), finanças (9,2%), varejo ou e-commerce (8%), educação (7,7%), indústria (6,6%), saúde (6,2%), comunicação e mídia (3,5%), alimentação (1,7%), entretenimento (0,6%), eventos e turismo (0,5%) e outros (9,9%).

O executivo da Gama Academy afirma que o desejo dos desenvolvedores por auxílio educacional é compreensível, pois há diversas vantagens associadas à iniciativa. “A educação continuada permite que os profissionais se mantenham atualizados em relação às novas tecnologias, metodologias e tendências do mercado. Além disso, aprimora suas habilidades e competências, aumentando sua empregabilidade e possibilitando um crescimento profissional mais acelerado”, avalia.

Principais benefícios

O auxílio mais oferecido pelas empresas, segundo o levantamento, é o plano de saúde (67%), desejado por 71% dos funcionários. Em seguida, está o vale-alimentação (ofertado por 60% e desejado por 51%; o vale-refeição (fornecido por 57% e desejado por 29%); dental (oferecido por 54% e desejado por 32%); seguro de vida (40% x 12%); vale transporte (36% x 7%); auxílio home office (52% x 35%), PLR (35% x 30%); e bônus baseado em performance (28% x 16%). 

Para o CEO da Gama Academy, o fato de poucas empresas oferecerem auxílio educacional é, no mínimo, curioso, tendo em vista os desafios de retenção de talentos e competitividade de mercado, muitas vezes ligada ao desenvolvimento de novos códigos e produtos. “Ao ofertar programas de capacitação e suporte educacional aos seus colaboradores, as empresas fortalecem sua cultura de aprendizagem e atraem profissionais talentosos que valorizam o desenvolvimento contínuo. Além disso, promovem o engajamento e a retenção de talentos, aumentando a satisfação e produtividade da equipe”, pontua Guilherme.

“As organizações que valorizam o desenvolvimento dos seus colaboradores estão mais preparadas para enfrentar os desafios do mercado e se destacar no setor de tecnologia. O investimento em capacitação é um diferencial competitivo que não deve ser negligenciado. É uma forma de investir no crescimento do profissional e, consequentemente, no crescimento da empresa como um todo”, finaliza.