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Diogo Garcia se define como um conectólogo – que, de forma resumida, está ligado à arte de se conectar com propósito, aproximando pessoas com objetivos complementares a partir de agendas relevantes e que gerem uma relação de longo prazo. “É algo da minha essência, que tenho desde a minha infância em Salvador. Sempre gostei de agregar, juntar grupos e tribos – e acho que isso é muito importante para o ecossistema”, afirma Diogo, no mais recente episódio do Podcast MVP.

Segundo o executivo, que é cofundador da Confraria do Empreendedor e sócio-diretor líder do Programa Emerging Giants da KPMG no Brasil, a Conectologia é muito mais do que uma mera conversa, e implica na geração de valor para ambas as partes. “Fazer networking se tornou algo banalizado, como se fosse só ir em um evento e trocar cartões. Mas não basta se encontrar com alguém se você não tem nada para acrescentar. Você tem que entender o quão relevante é para o seu interlocutor”, reflete.

Essa conexão com propósito entre diferentes comunidades – sejam empreendedores, incubadoras, investidores, imprensa, corporações, entre outros – é fundamental para o avanço dos ecossistemas de inovação, especialmente no Brasil. “Os players precisam conversar entre si. O Vale do Silício, principal ecossistema de tecnologia do mundo, se tornou o que é porque além da presença de capital, empresas e empreendedores, ele tem conectividade”, pontua.

Diogo destaca que, no caso do Brasil, é importante diversificar os ecossistemas nas várias regiões do país. “A máfia das startups é um conceito positivo, reunindo um grupo de pessoas que ora são investidores, ora empreendedores, e revezam essas funções e passam a investir e apoiar seus próprios amigos e conhecidos. No entanto, ao reproduzir essa dinâmica no ecossistema, [corremos o risco de acabar] sempre com as mesmas pessoas. As máfias vão existir, mas temos que questioná-las um pouco. Amigos fazem negócio – isso não é ruim – mas a gente pode fazer novos amigos, ampliando o nosso leque e sendo um conectólogo”, considera o executivo.

Ainda olhando para o Brasil, ele considera importante que as ações sejam feitas com intencionalidade. “O Brasil está em uma maturidade interessante. É o destaque na América Latina e começa a ter startups expandindo para outros países. Temos que promover isso, dar visibilidade, apoiar, se conectar e trabalhar o famoso give-back. Temos que olhar para todos os lugares – não só as regiões mais ricas, que atraem mais investidores e têm mais startups. A disrupção vem justamente dos pontos negligenciados, que estão totalmente fora do eixo mas que estão resolvendo problemas reais do Brasil e podem ser escalados para o mundo.”

No MVP desta semana, Diogo fala sobre a importância da Conectologia para o avanço do ecossistema brasileiro, e compartilha insights valiosos sobre vendas, emerging giants, open innovation e muito mais. O papo completo está disponível no Spotify e no YouTube. Confira a seguir:

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