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Uma tendência já consolidada em mercados mais maduros como o dos EUA, os veículos de Corporate Venture Capital vêm numa crescente no mercado brasileiro. Entretanto, segundo Paulo Emediato, CMO da venture builder e do fundo de CVC Oxygea, muita empresa não vai sobreviver ao hype.

Segundo dados da ABVCAP, somente no primeiro trimestre do ano passado, mais de R$ 1,5 bilhão foi investido por esta modalidade de veículo, com 83 deles ativos no Brasil. Na visão de Paulo, em meio à essa empolgação, teve empresa que entrou na onda devido ao famoso “Fear of Missing Out” (FOMO) – ou seja, mais para não perder o trem do que exatamente pensando em como isso pode ajudar o seu negócio.

“Tem muita consultoria convencendo clientes que não precisam de um fundo de corporate venture capital, de que eles precisam de um fundo de corporate venture capital”, dispara o executivo, em um papo franco com o Startups para o podcast MVP.

Segundo Paulo, assim como o mercado de venture capital se corrigiu nos últimos dois anos, o segmento de CVCs também deve seguir um caminho semelhante em um futuro não muito distante.

“VC é um mercado de risco. CVC também é. Muitas práticas vão mudar, e isso não sou eu quem diz. O Ilya Strebulev, diretor da escola de venture capital de Stanford, disse no ano passado que, em 3 a 5 anos, veremos mais de 50%, até 70% dos CVCs se tornando inativos, andando de lado ou sendo desativados. Eu acho que isso vai acontecer de uma maneira ou outra no Brasil”, disparou.

Uma nova tese para a Oxygea

Além de tocar na ferida em relação ao assunto dos Corporate Venture Capital, Paulo também falou no podcast sobre a mudança de postura para a nova turma do Oxygea Labs que a gestora abriu no fim de março.

Na segunda edição do programa, a Oxygea, selecionou oito startups para aceleração em uma trilha voltada à captação de investimentos, com um cheque de R$ 2 milhões previsto em investimento para elas ao fim do processo.

“A gente resolveu sair de uma abordagem mais generalista e superficial, que tem um papel super estratégico para startups mais early stage, e assumir a nossa vocação de fundo de investimento. A gente tem uma tese de investimentos que está centrada em sustentabilidade e transformação digital na indústria, e o nosso foco não é responder aos desafios de uma determinada corporação, mas resolver os desafios das startups para proporcionar crescimento para elas e resultado para o nosso fundo”, afirma Paulo.

Para conferir na íntegra a conversa com Paulo Emediato, sua visão quanto ao mercado de CVCs, estratégias da Oxygea e também algumas boas dicas musicais – já que assim como este repórter que vos escreve, ele também é um consumidor ávido de novidades sonoras -, não deixe de dar o play e conferir a nova edição do MVP nos links abaixo:

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