fbpx
Compartilhe

O ecossistema de startups é muito mais do que fintech. E concentrar o fluxo de capital em apenas um perfil de negócio e de empreendedor pode ser um movimento arriscado se nós, como ecossistema, quisermos obter resultados mais sustentáveis e diversificados do que nos últimos anos. Essa é apenas uma das reflexões trazidas por Monique Evelle, investidora-anjo e cofundadora da plataforma Inventivos, no novo episódio do Podcast.

“Os investidores finalmente entenderam que não dá para colocar todo o recurso em um único perfil de negócio e de empreendedor. Nem tudo é fintech!”, afirma Monique. “Pessoas que prometeram crescimento expressivo a curto prazo não conseguiram entregar. E o mercado apostou dinheiro nisso, numa falácia, porque no primeiro susto de ter que segurar o dinheiro e não conseguir rodadas, não provaram que os negócios conseguiam ficar de pé e gerar lucro. Ao mesmo tempo, empresas lideradas por mulheres, pessoas negras [e outros grupos sub-representados] geralmente resolvem dores reais, porque os fundadores passam por isso todos os dias e têm um público muito maior passando pelo mesmo problema”, explica.

Quando questionada se o inverno do venture capital está sendo ainda mais agressivo para os grupos sub-representados, Monique considera que sim. “A escassez de investimentos mostra que a periferia não tem nem dinheiro para errar. Apesar de não provarem que conseguiam ter lucro, que o modelo era viável e que o negócio parava de pé, determinadas empresas conseguiram rodadas gigantes e erraram, enquanto outros grupos não receberam dinheiro nem para isso.”

É justamente nesse contexto que nasce a Inventivos Angels, rede formada por investidores-anjos para apoiar negócios plurais no Brasil com capital financeiro, social e intelectual. Lançada em meio de 2023, a rede investiu R$ 3 milhões em startups no 2º semestre do ano, com expectativa de dobrar os investimentos em 2024 com foco em empresas de base tecnológica em estágio pré-seed.

No MVP desta semana, Monique fala sobre os planos da Inventivos para o ano, suas perspectivas sobre o ecossistema de inovação no Nordeste e os motivos que a fizeram aceitar o convite para ser uma das juradas do Shark Tank Brasil. Além disso, ela levanta pontos importantes sobre como a diversidade por alavancar a inovação no ecossistema e criar negócios disruptivos que enderecem dores reais da população, gerem lucro e andem com as próprias pernas mesmo em tempos de retração e reajustes. O papo completo está disponível no Spotify e no YouTube. Confira a seguir:

LEIA MAIS