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O Vale do Silício é destino praticamente obrigatório das empresas de tecnologia quando pensam em internacionalizar sua operação. Não foi o caso da Birdie. Nascida em 2018 de experiências de compras online ruins de seus sócios, a companhia optou por tornar os EUA a sua sede, ao invés de apenas abrir uma filial por lá. Com isso, seus fundadores se mudaram para lá.

Enquanto Alexandre Hadade foi para a Califórnia, Patrícia Osorio decidiu se estabelecer em Miami. É, pois é. Convidada do 2º episódio do MVP, um podcast do Startups, ela conta que, a princípio, sua escolha foi muito questionada. Alguns meses depois, no entanto, a cidade começou a chamar a atenção como um polo para empresas de tecnologia e, sem querer, a opção se mostrou acertada.

A 1ª temporada do MVP tem apoio da Locaweb. Serão 12 episódios publicados com intervalo de 15 dias.

Fugindo do “play by the book” dos gurus das startups, a Birdie tentou encontrar um meio termo entre seguir o seu próprio jeito e o jeito que funciona. “Tem muita coisa dos processos que faz sentido seguir o modelo tradicional, desde que façamos pequenos ajustes. Tiveram momentos em que fomos ‘free style’ demais, em outros decidimos nos encaixar, e vimos que não fazia sentido ao nosso momento, ao nosso negócio”, conta Patrícia, estabelecida na Flórida há quase 2 anos.

B2B ou B2C?

O projeto da Birdie começou como um site para os consumidores pesquisarem informações sobre os produtos que iam comprar online. A premissa da empresa era virar uma agregadora, trazendo as principais informações para o consumidor tomar as decisões de compras muito mais rápido.

Obcecados em serem B2C, Patrícia lembra que não se ligaram em algumas oportunidades, até que decidiram tentar virar a chavinha para o modelo B2B. Mudaram a interface e começaram a mostrar a solução para as marcas. Como resultado, o primeiro cliente foi a Samsung, para a qual começou a fornecer insights mais rápidos e baratos. A sensação é descrita por Patrícia como uma montanha-russa. “Num dia você acha que tudo vai dar errado e no outro você pensa que vai dominar o mundo.”

“Somos B2B mesmo, é o que sabemos fazer. Usamos um conceito de ABM (Account Based Marketing) onde focamos em grandes contas e optamos por olhar por verticais. Inclusive isso é uma das coisas que fugimos do ‘play by the book’, de uma persona, descobrimos que podemos ter algumas personas que podem comprar. A nossa persona não é necessariamente um cargo, é uma responsabilidade”, avalia.

A Birdie possui atualmente 3 clientes. Além da Samsung, outra gigante, a HP, e a Jabra. A meta da empresa é fechar o ano com 10. E a ideia é essa, ser uma empresa com poucos clientes e com ticket muito alto, plugando o sistema de inteligência da startup em diversas fontes dentro dos clientes para aumentar sua receita.

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