Os desenvolvedores são peças-chave em empresas de tecnologia, mas encontrar o profissional ideal nem sempre é tarefa fácil. Expandir o raio de busca pode ajudar – e a Africandev surge para mostrar que os talentos procurados pelas empresas brasileiras podem estar logo ali, do outro lado do Atlântico. Há pouco mais de um ano no mercado, a empresa agora planeja abrir um escritório em São Paulo para se aproximar do ecossistema de startups e inovação.
Além da proximidade geográfica e fuso horário parecido, a África possui seis países que falam português e que possuem desenvolvedores qualificados e prontos para prestar serviço às empresas daqui. Nascido em Cabo Verde, o CEO da Africandev, Marcos Jamir, criou a startup para fazer a ponte entre esses profissionais e as companhias brasileiras. Os contratos são remotos e, segundo ele, não é necessário nenhum tipo de visto para a contratação.
Em entrevista ao Startups durante o Web Summit Rio, Marcos conta que a comunidade da Africandev conta hoje com mais de 200 programadores cadastrados, de Cabo Verde e outros países da África, como Moçambique e São Tomé e Príncipe.
“Hoje a gente está com 18 clientes, entre eles a Águia Branca, de logística, que começou com um programador nosso e hoje tem sete. Também atendemos várias startups. Hoje eu estou em Belo Horizonte, mas percebi que eu e meu pessoal precisamos estar em São Paulo, para alcançar a meta de crescimento até o final do ano”, conta.
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Para Marcos, o Brasil e os países africanos possuem sinergias que favorecem as relações de trabalho. Para além do idioma e fuso horário, existem ainda questões culturais similares, além do próprio interesse da população africana pela cultura brasileira, como músicas, novelas e até mesmo memes.
“Os programadores africanos consomem muito produto brasileiro, o Brasil é uma referência. Então em uma reunião, conversa, eles vão entender as referências, vão falar de futebol, política. O engajamento é uma parte importante”, afirma.
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