
Apesar de um cenário macroeconômico um tanto turbulento em 2025, a Nomad tem pouco do que reclamar. Já com cerca de 3 milhões de contas e R$ 500 milhões em faturamento, a companhia até se saiu bem em meio a tarifaços e mudanças na IOF, movimentos que poderiam ser um baque para a fintech.
Quem diz isso é o próprio CEO da fintech, Lucas Vargas. “Nossa missão de globalizar o bolso brasileiro permanece relevante, apesar das mudanças no cenário econômica”, destaca o executivo, convidado da primeira edição do MVP Especiaal feat. Emerging Giants, da KPMG.
Um exemplo dessas intempéries econômicas foram as mudanças na IOF, anunciadas pelo Governo Federal em maio, que gerou discussões no Congresso até serem reestabelecidas de forma restrita em julho pelo STF. Segundo Lucas, as mudanças no IOF causaram uma reação adversa nos usuários na primeira semana, mas foi seguida de uma explosão no engajamento.
“A gente está em um negócio, em uma indústria que tem um aspecto anticíclico, e que nos protege como negócio é o fato que existe uma onda, um vento de cauda muito grande. A gente está naturalmente tentando navegar, tentando entender o que vai acontecer com as mudanças que são, por vezes, imprevisíveis, tentando apoiar os clientes, explicar, ajudar no entendimento. Mas a essência do que a gente faz, que é ajudar a proteger justamente de eventos como esse, fica mais forte”, explica.
A questão da segurança financeira dos clientes também foi o que fez a Nomad aumentar a sua aposta em investimentos e produtos financeiros além da conta global. Desde que lançou sua carteira de investimentos em dólar em 2023, a fintech viu a base de clientes adeptos saltar de 1% para 10% da base.
Outro passo nessa direção foi a recente autorização da Nomad para operar como corretora financeira nos Estados Unidos, agregando produtos de wealth management e transferência de valores do exterior para o Brasil, em uma oferta voltada para startups que fazem captações com investidores estrangeiros.
“A corretora, uma licença que a gente tem agora nos Estados Unidos, ela foi natural para a gente poder monetizar mais, fazer novos serviços que a gente não faz hoje. a gente já oferecia todos os produtos de bolsa dos Estados Unidos e passa agora, dentro do grupo da Nomad, ter uma licença que nos permite oferecer renda fixa e monetizar esse tipo de produto, que, para a nossa proposta de valor, que é ajudar o brasileiro a diversificar com portfólio que seja mais seguro e afim, essa licença nos ajuda a caminhar nesse sentido”, afirma Lucas.
A conversa com Lucas Vargas é a primeira de uma série especial com os Emerging Giants da KPMG. Serão 14 episódios com os nomes da turma 2025 do programa que potencializa os nomes de maior destaque do ecossistema nacional.
Os papos se aprofundam em temas de gestão, liderança e a vida dos fundadores fora do LinkedIn e são conduzidos por sócios da KPMG e pelo jornalista e fundador do Startups, Gustavo Brigatto.
O feat. dos Emerging Giants no podcast MVP vai ao ar quinzenalmente nas redes do Startups e da KPMG. Escolha a sua plataforma de preferência (YouTube ou Spotify) e clique em um dos links abaixo.