
Competir em um mercado dominado por grandes empresas – ou melhor, corporações e multinacionais que há décadas tem controle sobre o segmento – é uma missão inglória. Entretanto, a Caju surgiu em 2019 com esse propósito, oferecendo seus cartões de benefícios e batendo de frente com marcas como Sodexo (hoje Pluxee), VR, Ticket, entre outras.
Desde então, entre sucessos, mudanças na legislação trabalhista, e até mesmo tretas com diversas destas grandes empresas, a Caju já percorreu um longo caminho, mas segundo o seu cofundador e CEO Eduardo Del Giglio, sua empresa (assim como outras de benefícios flexíveis) estão apenas “arranhando a superfície”.
“Acho que hoje os incumbentes estão em um patamar ocupando 80% do mercado (de benefícios). Quando a gente começou, eles representavam 95% do mercado. Os atacantes já pegaram rapidamente uma fatia significativa”, disparou Eduardo, convidado da nova edição do podcast MVP, em feat com o Emerging Giants, da KPMG.
Atualmente com cerca de 1 milhão de usuários, a Caju agora quer dar passos mais ambiciosos para se diferenciar no mercado de benefícios. Segundo o CEO, a meta é ser mais mais que uma empresa de cartão de benefícios, posicionando-se como uma plataforma de software para RH que integra processos operacionais, financeiros e de benefícios em uma experiência fluida.
“Eu me inspiro muito na Salesforce. Ela é esse negocinho de CRM, não é? Então eu entendi que não, ela é um chassi, onde você constrói uma base de dados dos cliente e constrói em cima disso. Essa é a dinâmica, esse é o software que eu quero construir. Eu quero construir negócio que eu tenho todo o seu ledger de informações dos seus colaboradores e você tem muita coisa para fazer com isso”, destaca.
Uma dessas direções em que a Caju está “construindo” é a de serviços financeiros. A empresa tem planos de incluir em seu app produtos como consignado privado, aproveitando o alto engajamento dos colaboradores nas empresas clientes e a vigência da Lei 15.179/2025, que ampliou o acesso ao crédito para trabalhadores do setor privado.
“Já era algo que a gente olhava antes e via as vantagens. A gente tem clientes potenciais que têm engajamento e a gente tem uma camada de dados, o que ajuda na análise de risco. Então, eu consigo entender pouco mais do turnover das empresas. A gente quer olhar com bastante atenção esse mercado”, destaca Eduardo.
A conversa com Eduardo Del Giglio é a sexta de uma série especial com os Emerging Giants da KPMG. Serão 14 episódios com os nomes da turma 2025 do programa que potencializa os nomes de maior destaque do ecossistema nacional.
Os papos se aprofundam em temas de gestão, liderança e a vida dos fundadores fora do LinkedIn e são conduzidos por sócios da KPMG e pelo jornalista e fundador do Startups, Gustavo Brigatto.
O feat. dos Emerging Giants no podcast MVP vai ao ar quinzenalmente nas redes do Startups e da KPMG. Escolha a sua plataforma de preferência (YouTube ou Spotify) e clique em um dos links abaixo.