A Conta Simples abriu 2024 trazendo boas notícias – e grandes rodadas – para o mercado, depois de um 2023 complicado no venture capital. Logo na primeira semana de janeiro, a fintech anunciou a captação de R$ 200 milhões, em uma rodada série B liderada pelo fundo americano Base10Partners. Mas sabe o mais curioso disso tudo? A companhia não precisou fazer um pitch deck para conseguir o novo cheque.
Entretanto, segundo Rodrigo Tognini, convidado da nova edição do podcast MVP, se na hora de sentar à mesa com os investidores a dificuldade não foi tão alta, o trabalho que a Conta Simples teve que fazer até esta etapa não foi pouco, e começou desde a série A que ela levantou em 2021. De expansão de portfólio até decisões mais complicadas, como cortes na operação, a Conta Simples passou pelo cenário que muitas startups viveram em 2022 e 2023, mas saiu bem do outro lado.
“A gente acertou o valuation na série A, conseguiu usar bem o capital. Com o fato de ter usado bem o capital, a gente mostrou pro mercado que conseguimos montar um negócio que tem margem bruta alta, que tem rentabilidade no bottom line. Isso foi muito valioso, então, pra gente foi muito fácil fazer o series B”, destacou Rodrigo no podcast.
Em entrevista ao editor do Startups, Gustavo Brigatto, Rodrigo também refletiu sobre os desafios que a empresa viveu nos últimos dois anos. De expansão de portfólio e M&A com a compra da Hacker Ads, até decisões mais complicadas, como cortes na operação, a Conta Simples passou pelo cenário que muitas startups viveram em 2022 e 2023, mas conseguiu sair bem do outro lado.
“O que foi difícil foi construir time, foi trazer cada vez mais clientes, montar máquina escalável, tomar decisões difíceis de monetização, lançar produto novo, fazer migração. Isso foi difícil, mas tem uma máxima do basquete, que eu joguei muito tempo basquete, eu tinha um treinador que falava, cara, você chora no treino pra rir no jogo”, avalia.
No podcast, Rodrigo também falou em detalhes sobre os próximos passos para a fintech que ele abriu ao lado de Fernando Santos e Ricardo Gottschalk. Recentemente a companhia recebeu a autorização do Banco Central para operar como Sociedade de Crédito Direto (SCD)., abrindo caminho para novas produtos como conta e serviços de pagamento.
“A gente vai investir muito em evolução do nosso software, nosso produto core, vamos evoluir nos produtos de crédito e também vamos investir muito em expandir nossos canais de aquisição. Tem investimento em brand, tem investimento em máquina de vendas, mas a gente não vai colocar a empresa numa rota de loucura. A gente prefere, talvez, crescer alguns percentuais a menos, mas mantendo o nosso padrão de queima de caixa ou de investimento, do que falar que vamos atingir cinco vezes de crescimento ano contra ano, só que aí você queima dez vezes mais do que estava projetado”, pondera.
Para saber mais sobre a trajetória da Conta Simples até a sua série B, percepções do CEO da companhia sobre o mercado e também mais sobre os planos da fintech para o futuro, confira na íntegra a nova edição do MVP, disponível no Spotify e no YouTube. Confira a seguir: