Aproveitando a analogia com a vela, um dos esportes favoritos do fundador Larry Ellison, a Oracle viu na inteligência artificial um vento favorável para voltar a crescer. No ano passado, as ações da companhia dispararam cerca de 50%, em função de fortes resultados financeiros e também pela parceria da empresa com nomes quentes da IA, como Nvidia. Para a Oracle Brasil, o otimismo também está presente, e a companhia está se movimentando para aproveitar a corrente.
Segundo Guilherme Cavalcanti, diretor de high tech da Oracle Brasil, o boom da inteligência artificial está ajudando a Oracle a se “rejuvenescer” no mercado, ao mesmo tempo que serve como uma espécie de retorno às raízes da big tech, que fez a sua fama como líder em banco de dados.
“O que a gente mais fala hoje, que é a IA tem como seu principal combustível o dado, e quando a gente olha pra nossa essência, a gente vê o dado muito presente. Lógico que foram várias as inovações e tecnologias de lá pra cá, mas se você parar e entender a nossa essência, a nossa base, da onde a gente veio, tem o dado no centro”, avalia Guilherme, no mais novo episódio do podcast MVP, do Startups, gravado durante o South Summit em Porto Alegre.
Para o Lider de Ecossistema da Oracle Brasil, Vitor Salama, outro ponto dessa renovação na Oracle tem a ver com o relacionamento com o ecossistema. De um ano para cá, a companhia investiu pesado para fortalecer laços com startups. No fim do ano passado, a companhia contratou a ex-Cubo Itaú Renata Zanuto para liderar uma área de relacionamento com startups, chamada Innovation Ecosystem Development.
Outro anúncio recente da empresa foi a abertura de um espaço estratégico dentro do Cubo Itaú. Chamado Oracle Lounge Cubo, o ambiente foi concebido para promover networking, troca de conhecimento e experiências interativas, contribuindo para o posicionamento da empresa no mercado de cloud, multicloud e inteligência artificial.
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“Para nós, são as conexões que movem o negócio, então nosso principal objetivo é gerar essas conexões. A Oracle já é uma empresa conhecida de banco de dados, com uma base de 7 mil clientes corporate. O que acaba acontecendo é que a gente tem muita demanda desses clientes e com projetos que a gente não consegue ajudar. É aí que a gente conecta com startups”, explica Vitor no podcast.
Na visão de Guilherme, a “renascença” da Oracle em meio à onda da IA tem a ver com a capacidade da companhia em responder às rápidas transformações que estão acontecendo.
“O nosso posicionamento nessa indústria de AI é o de trabalhar de forma estratégica, como um parceiro, de não ter uma LLM como base, mas sim qajudando o nosso cliente com a estratégia dele de AI. Então acho que a gente tá, sim, no nosso melhor momento”, finaliza o diretor.
Para saber mais sobre como a Oracle está aproveitando a cena da inteligência artificial, confira na íntegra a nova edição do podcast MVP, disponível no YouTube e Spotify.
