Fundada por um ex-XP, a Warren fez barulho no mercado ao se posicionar como uma alternativa ao “esquemão” do mercado de investimentos. Durante a alta do venture capital, a empresa fundada por Tito Gusmão chegou a levantar R$ 300 milhões para botar o pé no acelerador e brigar com grandes como BTG e a própria XP. Entretanto, mais recentemente a companhia andou mais low profile, diminundo a intensidade e inclusive vendendo algumas partes do negócio.
Entretanto, para o CEO Tito Gusmão, a Warren não desacelerou, não. “Foi bem pelo contrário. No ano passado batemos os R$ 200 milhões em receita, e queremos chegar aos R$ 300 milhões esse ano. O que aconteceu foi um ajuste para o foco do que a gente nasceu para ser e do público que a gente tem como alvo”, pontuou Tito, convidado do novo episódio do podcast MVP.
Segundo o CEO, a Warren aproveitou à sua maneira o inverno das startups e da insegurança do público quanto a investimentos. Segundo ele, foi o momento de recuperar o foco inicial da empresa e resgatar os ideais que o fizeram sair da XP e criar em um pequeno escritório em Porto Alegre uma alternativa para democratizar o acesso a investimentos.
“Essa impressão de agressividade no mercado foi transmitida porque nós tivemos um período de dois, três anos, onde a gente tentou fazer de tudo um pouco. A gente saiu do foco para tentar abraçar o mundo, talvez por pressão de investidor ou talvez por pressão própria de ansiedade de querer triplicar, triplicar, acelerar mais rápido que as próprias pernas. Foi um erro, fugiu do que a gente nasceu para ser, que é ser uma empresa de investimentos”, pondera Tito.
Um exemplo desse reagrupamento foi a recente venda da divisão de administração fiduciária, algo que surgiu para resolver um problema interno, mas que se tornou um negócio adicional. “Quando a gente viu, já tinha 100 fundos administrados, de outras assets. É um business interessante, mas não era o nosso core”, diz Tito, explicando o porque da Warren ter vendido esta divisão no ano passado para a Vórtx.
E por falar em core, agora o plano da empresa é reforçar sua presença com agentes autônomos, uma via altenativa ao que grandões como BTG e XP estão fazendo. Segundo Tito, a meta da Warren é ajudar agentes e investidores a escaparem do conflito de interesse e do modelo tradicional de investimentos, ainda impulsionado por comissões – trocando por uma modelo baseado em fees.
“A nossa vantagem é que a gente é sonhador, utópico aqui, meio idiota, de querer mudar a indústria no Brasil. Mas a indústria já mudou nos outros lugares. Ns Estados Unidos, que é um mercado muito maior que o brasileiro, esse nosso modelo 100% alinhado com o cliente, que tem uma relação transparente, já são três quartos do mercado de lá”, explica.
Para saber mais sobre a jornada da Warren (incluindo a criação de um FESTIVAL DE MÚSICA), planos futuros da fintech, tretas com o esquemão do mercado de investimentos no Brasil, e como Tito quer mudar as coisas com a Warren, confira na íntegra a nova edição do MVP, disponível em nosso YouTube e Spotify.