Se nos seus primeiros anos, o crowdfunding se estabeleceu como uma alternativa para startups buscarem, na maioria das vezes, rodadas mais modestas, não passando muitas vezes de R$ 1 milhão, nos últimos anos as coisas mudaram. Inclusive, de olho no aumento dos aportes levantados nas plataformas, a CVM ampliou em 2022 o teto de R$ 5 milhões para R$ 15 milhões.
Com a mudança, naturalmente os cheques começaram a subir de valor, aproximando o “poder de fogo” do crowdfunding de valores que são vistos em muitas séries A por aí. A marca de produtos de limpeza Positiv.a chegou a bater o recorde em volume de captação no crowdfunding, levantando R$ 8,3 milhões em dezembro passado. Entretanto, ainda não foi em 2023 que a barreira dos R$ 10 milhões foi batida, mas a Captable acredita que em 2024 a rodada de dois dígitos vem.
“Já estamos com alguns cases aí, estão no forno”, disparou Paulo Deitos, cofundador e CEO da Captable, na mais nova edição do podcast MVP, do Startups. “Estamos analisando o melhor momento para lançar. Acho que ali por abril ou maio, rodadas de dois dígitos se tornarão mais factíveis”, completou o executivo.
Segundo o empresário, depois de 2022 e 2023 complicados no mercado de venture capital, a expectativa é que 2024 venha com um novo aquecimento em investimentos em startups, acompanhado das lições aprendidas no “inverno” vivido recentemente.
“Em abril, o mercado já deverá estar bem aquecido. A tendência é que a taxa Selic caia, o que deve atrair mais investidores pessoa física. Acho que estamos no começo de uma outra curva ascendente, mas com muito mais consciência, sem a ‘loucurada’ de valuations estratosféricos”, analisa.
Batendo recordes
Se a Captable não bateu o recorde de maior rodada até agora – a rodada da Positiv.a foi na plataforma do Kria – em termos de volume a companhia atingiu em 2023 uma marca inédita no segmento, sendo a primeira a chegar aos R$ 100 milhões em investimentos captados.
“É um fato que nos orgulha bastante, ainda mais olhando para todo o processo que envolve chegar a essa marca”, pondera Leonardo Zamboni, sócio e CMO da Captable. “São 60 empresas que receberam estes investimentos, tem quase 8 mil investidores, mais de mil empregos gerados diretamente. O impacto que a gente gostaria de trazer para esse mercado quando a gente iniciou, vemos que estamos no caminho certo”, afirma.
Depois de bater os R$ 100 milhões, agora a Captable quer dobrar a meta. Ou melhor, multiplicar por dez. Para os próximos anos, a expectativa da plataforma de crowdfunding é chegar a R$ 1 bilhão em valores movimentados, tanto em novas rodadas, como também em sua plataforma de mercado subsequente, onde usuários podem negociar suas cotas em rodadas já fechadas.
Para saber mais sobre a trajetória e os planos da Captable, confira na íntegra a nova edição do MVP, disponível em nossos canais no YouTube ou no Spotify.