Juliana Haddad, sócia e head de Pessoas da fintech Stark Bank, já viveu os dois lados do ecossistema: o de empreender e o de investir. Ela foi uma das fundadoras do DinDin, plataforma de processamento de pagamentos vendida para o Bradesco. Também trabalhou com inovação e produtos em empresas dos EUA, Reino Unido e Austrália e se tornou investidora-anjo, somando 20 aportes em startups como Jusfy, Faster, Kovi e o próprio Stark Bank. Sua mais recente conquista foi em 2023, como destaque do Forbes Under 30, na categoria Finanças. Ufa!
Mas nem tudo foram flores em sua trajetória. Aliás, ao contrário do que muitos pensam, de que empreender é fácil e se trata apenas de ganhar dinheiro, Juliana aproveitou a sua participação no MVP desta semana, podcast do Startups, para fazer um pequeno desabafo e trazer um pouco mais de realidade àqueles que sonham somente com o lado mais sexy do empreendedorismo.
“O DinDin conseguimos tirar do papel em menos de um ano, mas falando de coração aberto, foi muito difícil, empreender é para poucos. Acredito que muita gente empreende pelos motivos errados, porque acha que é glamouroso, mas não é nada glamouroso. É você que toma as decisões, que limpa o banheiro, que todo mês precisa avaliar se vai conseguir pagar os funcionários, que tenta levantar dinheiro…”, afirma ela.
Além dos perrengues enfrentados como mulher no ecossistema, há pouco mais de um ano os desafios de Juliana estão relacionados ao seu dia a dia na gestão de pessoas. Segundo ela, não foi fácil mudar o mindset de investidora para head de People. No entanto, ela se aproveitou de sua experiência com investimentos para aprimorar os processos do setor.
“Algo que vejo que não é necessariamente nato de quem trabalha com a gestão de pessoas é o retorno sobre investimento. Então, tudo que eu penso em fazer dentro dessa área no Stark, penso como é que isso vai gerar retorno financeiro para a empresa. Então, ao fazer uma contratação, penso em estratégias para mensurar o quanto aquela pessoa está trazendo de valor”, acrescenta Juliana.
Com uma longa jornada profissional pela frente, Juliana também revela que tem três coisas que ainda quer muito fazer. A primeira é ganhar muito mais dinheiro e ser uma pessoa de destaque por realmente ter um patrimônio muito relevante. E, com isso, conseguir fazer mais coisas para mudar o mundo. A segunda, investir em educação construindo um colégio na cidade natal de sua mãe, Santa Inês (MA). E a terceira, empreender novamente – daqui 10 anos, ela até pensa em algo no estilo da Neuralink, do Elon Musk.
Confira o papo completo com a Juliana Hadad no episódio desta semana do MVP, podcast do Startups, disponível no Spotify e YouTube: