O atual frenesi em torno da IA generativa faz sentido pelos avanços tecnológicos que ela traz e seu potencial de aplicações nos mais diversos mercados. No entanto, o que estamos vendo agora é a ponta do iceberg, é só o começo da exploração de casos de uso da tecnologia para áreas específicas.
É o que corrobora Jomar Silva, gerente de relacionamento com desenvolvedores da Nvidia para a América Latina. Segundo ele, o potencial de crescimento da IA generativa é gigantesco e disruptivo, assim como foi com a internet, e ainda tem muita inovação chegando nos próximos anos.
“Hoje existe muito hype, muita gente achando que a IA generativa vai dominar o mundo, vai acabar com o seu emprego e etc. Mas a gente está longe disso”, afirma o executivo, em conversa com o Startups.
A própria Nvidia, hoje avaliada em mais de US$ 3 trilhões pelo próprio boom da IA, viu que tudo é possível com a IA generativa. Como essa tecnologia tem uma demanda computacional muito grande, a fabricante desenvolveu uma arquitetura nova de GPUs, escalável, exatamente para conseguir trabalhar com a IA generativa: a Nvidia Blackwell.
“O desafio das novas gerações de GPU já não é mais só ter a computação em escala, mas ter a computação em escala de forma sustentável”, comenta Jomar. “Porque se você não consegue reduzir o consumo de energia cada vez que você aumenta a capacidade de processamento, daqui a pouco a gente vai precisar ter um outro planeta Terra para gerar energia para esse, para a gente deixar o servidor ligado”, brinca.
Ele ressalta que a nova arquitetura específica para IA generativa e computação acelerada da Nvidia foi desenvolvida exatamente para suportar todo esse avanço. “Pelo fato de estarmos em contato com todo ecossistema de inovação, a gente consegue enxergar tendências de uso de alguns recursos computacionais, tira isso da camada de software e leva para dentro do hardware, para acelerar cada vez mais a computação”, acrescenta.
Programa Inception para startups
Para ajudar startups no mundo todo a evoluir mais rapidamente com tecnologia de ponta, incluindo criar sua solução de IA generativa personalizada, a Nvidia oferece, desde 2016, o Programa Inception. Já são 18 mil startups beneficiadas mundo afora – mais de 480 no Brasil.
“No momento em que a startup acerta e começa a escalar, se ela não tem uma arquitetura que consegue escalar junto de forma linear, ela vai ter disrupções. E isso pode significar, simplesmente, a quebra de um negócio inteiro”, diz Jomar. “É por isso que o principal foco do Inception é ajudar as startups a utilizar da melhor forma possível as tecnologias da Nvidia”, finaliza.
Jomar Silva conta muito mais sobre como a Nvidia evoluiu junto com as tecnologias e virou uma big tech em participação no MVP, podcast do Startups. Confira o papo completo em áudio ou vídeo: