Rodrigo Melato, CCO da Pismo | Foto: Startups
Rodrigo Melato, CCO da Pismo | Foto: Startups

Em janeiro de 2026, a Pismo completa dois anos do M&A com a Visa, gigante dos pagamentos que adquiriu a techfin brasileira por US$ 1 bilhão. O ciclo de integração com a gigante de pagamentos se aproxima do fim, mas, segundo Rodrigo Melato, Chief Commercial Officer da empresa, a essência construída no Brasil continua firme como base da empresa em sua expansão global.

A fintech, criada há nove anos, já atuava em cinco países antes da compra — Brasil, Argentina, Chile, Índia e Austrália. Mas, com o apoio da Visa, o plano de internacionalização ganhou outra escala, conforme destaca o CCO Rodrigo Melato, em conversa no novo episódio do podcast MVP.

“Desde que a gente passou a fazer parte da Visa, uma empresa que atua em 204 países, minha expectativa era que em dois anos a gente dobrasse esse número de países onde a gente está, e a gente mais do que triplicou. Hoje estamos em 16 países”, pontua o executivo. Aliás, nessa lista de países de atuação, estão mercados de alta maturidade como Estados Unidos, Inglaterra e Holanda.

Melato destaca que a Visa se tornou um acelerador natural de entrada em novos territórios, equilibrando o alcance global com a flexibilidade da Pismo. Em paralelo, o boca a boca de grandes instituições e o trabalho conjunto com integradores globais passaram a abrir portas que antes eram difíceis: “Saímos daquela história de quatro anos atrás que era a gente batendo em monte de porta e ninguém abrindo”, completa.

Mesmo dentro de uma corporação com 16 mil clientes no mundo, a Pismo preserva autonomia operacional, um ponto considerado estratégico na integração. “A gente está se inserindo como produto dentro do portfólio de ofertas da Visa, ainda operando de maneira agnóstica e independente. Ou seja, a gente continua servindo clientes não Visa também”.

Global, mas mantendo o DNA brasileiro

Apesar da projeção internacional, a Pismo mantém traços fundamentais da engenharia e da visão de mercado desenvolvidas no Brasil. E, para Melato, é justamente esse “treino em ambiente hostil” que diferencia a empresa lá fora. “O Brasil desenvolveu uma musculatura que é única no mundo, com ambientes diversos, com algum nível de complexidade. Isso acaba nos beneficiando”.

Segundo ele, mercados em transformação, como os que estão ampliando pagamentos instantâneos ou modernizando sistemas legados, reconhecem a experiência brasileira (e cases globais de inovação como o Pix) como ativo técnico. “A musculatura trabalhada no Brasil é importante para o resto do mundo”, avalia.

Para ouvir o papo com Rodrigo Melato na íntegra, saber mais dos planos e desafios da Pismo, é só dar o play na nova edição do podcast MVP, disponível no Spotify e Youtube. É só escolher a sua plataforma de preferência e conferir.