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Três anos depois de lançar um meio de pagamento de crédito instantâneo para os microempreendedores, a fintech Zippi decidiu colocar mais gasolina no tanque. A companhia acaba de receber um aporte série A de US$ 16 milhões liderado pela Tiger Global, com participação de Y Combinator, Volpe Capital, Rainfall Ventures, Globo Ventures, Hummingbird, Mantis, MSA Capital e Soma Capital. Fundadores das empresas Faire, Robinhood, Plaid, Creditas, Kavak, Cobli e GoJek também entraram na rodada.

Segundo André Bernardes, cofundador e presidente da startup, o reforço de caixa será usado para dobrar o time de 26 colaboradores até o fim do ano. A maioria das contratações será feita na área de tecnologia para aperfeiçoamento do produto e melhoria operacional. Com essas movimentações, a companhia, que vem crescendo 78% mês a mês em volume transacionado, projeta escalar a operação de 6 a 10 vezes até dezembro.

O apoio dos investidores, pontua André, será fundamental nesse processo. “Os fundos institucionais têm uma visão macroeconômica do que está acontecendo no mercado e nos aproximam de potenciais clientes, investidores e outros atores do ecossistema. Os investidores-anjo são empreendedores de negócios bem-sucedidos, incluindo algumas fintechs bilionárias, que poderão nos ajudar nos desafios do dia a dia”, diz o executivo.

André fundou a Zippi em 2019 ao lado de Ludmila Pontremolez e Bruno Lucas. Apesar da origem e do DNA brasileiro (a fintech é de São Paulo), a ideia para o negócio surgiu quando os empreendedores estavam nos Estados Unidos concluindo o MBA pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).

“Fomos mordidos pelo bichinho do empreendedorismo. Analisando as oportunidades, esbarramos no problema do microempreendedor e trabalhador autônomo no Brasil. Em sua maioria, são profissionais que trabalham na informalidade e não tinham produtos financeiros específicos para suas necessidades”, explica André. 

A Zippi nasce com a missão de impactar positivamente o microempreendedor brasileiro, criando produtos financeiros adequados à sua rotina de trabalho. O mercado endereçável no Brasil é de mais de 24 milhões de trabalhadores autônomos, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Bruno Lucas, André Bernardes e Ludmila Pontremolez, cofundadores da Zippi

Pix para os autônomos

Para apoiar os microempreendedores, a Zippi criou um meio de pagamento de crédito instantâneo. Calma que a gente explica. 

“A realidade desses profissionais é que eles precisam diariamente comprar algum insumo para o negócio. O problema é que eles precisavam ter o dinheiro – físico ou digital – naquele exato momento, seja para pagar em papel ou fazer o Pix na hora”, pontua André. 

A fintech permite que o microempreendedor usar o Pix para comprar mercadorias e pagar apenas na semana seguinte. Ou seja, o cliente efetua a compra via app Zippi e o fornecedor recebe um Pix instantaneamente. O empreendedor, por sua vez, ganha um prazo de 7 dias para pagar o valor à startup, que cobra uma taxa de serviço de 3% sobre o total.

“O Pix é um dos sistemas de pagamento que mais cresce no mundo, um fenômeno sem precedentes até então. Estamos muito animados em apoiar a empresa em executar sua visão de escalar um meio de pagamento inovador para os milhões de microempreendedores brasileiros”, afirma Alex Cook, sócio da Tiger Global, em comunicado.

Sem revelar números exatos, a startup afirma ter “dezenas de milhares de clientes” e ter recebido mais de meio milhão de pedidos desde sua fundação.

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