A HubLocal foi uma das startups que precisou recalcular a rota para se adequar às novas exigências dos investidores. A empresa anunciou nesta semana a captação de R$ 3,5 milhões em sua terceira rodada, liderada pela Bossa Nova Investimentos e pela GV Angels, mas para isso precisou alcançar o breakeven – o tão sonhado equilíbrio entre as receitas e despesas.
Em entrevista ao Startups, Felipe Caezar, CEO da HubLocal, conta que a rodada série A estava aberta desde 2022. “Diante da nova visão do mercado, traçamos uma nota rota, objetivando o breakeven, que conseguimos no início deste ano. Os investidores estão prezando muito pela sustentabilidade da empresa, com crescimento sem queima de caixa. Nosso objetivo é manter a empresa saudável, pensando na longevidade do negócio”, afirma.
A HubLocal espera finalizar a captação da série A de R$ 30 milhões até o fim deste ano. Desse total, a empresa já conseguiu R$ 6 milhões, sendo R$ 3,5 milhões da última rodada. Além da Bossa Nova e da GV Angels, o aporte teve participação de follow on dos atuais investidores, como Yves Nogueira, líder do núcleo da Anjos do Brasil de Pernambuco, Américo Pereira, ex-Fedex BR/Rapidão Cometa e Eduardo Gouveia, ex-Cielo.
“O impacto que a startup vem gerando no ecossistema de inovação do nordeste e do Brasil é enorme, inclusive os fundadores lançaram um livro sobre sua trajetória e são grandes referências para muitos jovens empreendedores que querem trilhar o caminho de criar uma empresa saindo do zero. Não à toa, esse foi o segundo maior investimento da história da GVA em número de investidores”, disse Augusto Tonza, investidor-anjo da GV Angels.
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Expansão internacional
Fundada há cinco anos por Felipe Caezar e Rodrigo Coifman, a HubLocal utiliza inteligência artificial e automatização de processos para aumentar a presença digital de pequenas e médias empresas nos principais mecanismos de buscas e mapas online. Atualmente, a empresa atende cerca de 18 mil estabelecimentos assinantes, com foco nos segmentos de comércio, serviços e saúde, entre outros.
As plataformas são colaborativas e integram informações fornecidas pelos clientes dos estabelecimentos, como fotos, rotas, avaliações, entre outros. Para ter acesso à plataforma, é cobrada uma assinatura recorrente mensal por estabelecimento, no valor a partir de R$ 399 por mês. A ideia, no futuro, é expandir o serviço para microempresas e microempreendedores individuais (MEIs). “Para fazer isso, precisamos de uma captação mais robusta”, explica Felipe.
A HubLocal está presente hoje em todos os estados do Brasil, além de outros cinco países: Estados Unidos, Portugal, Chile, Colômbia e México. A empresa planeja continuar sua rota de crescimento em 2024 e fechar o ano com uma receita acima de R$ 24 milhões. Segundo o CEO, também há planos para crescer internacionalmente, com foco na América Latina.
