Fintalk faz rodada seed com novo aporte do Revolution
A startup de inteligência artificial Fintalk realizou uma rodada seed com novo aporte do fundo Revolution, da Volt Investments, que tem Jorge Paulo Lemann entre os cotistas. O valor do investimento não foi revelado. Em agosto de 2023, o fundo já havia feito o primeiro aporte na startup, no valor de R$ 6 milhões.
“Devido a uma demanda maior do que esperávamos, decidimos por mais uma rodada para acelerar o crescimento”, explica Luiz Lobo, CEO da Fintalk. Fundada em 2019, a empresa oferece a infraestrutura para otimizar os canais de atendimento (centrais telefônicas, WhatsApp, Instagram, webchats etc.) das contratantes por meio de inteligência artificial. Com isso, os clientes podem realizar diversos serviços por meio de conversas de áudio. Desde pagar boletos, por exemplo, a fazer pedidos via app ou redes sociais.
A tecnologia entende o português regional e informal, com todas as gírias e sotaques. “Os brasileiros preferem falar a escrever. Muitos canais de atendimento não estão preparados sequer para texto, quanto mais voz. O que acontece é que muitos clientes saem frustrados, sem ter seu problema resolvido. E a marca acaba potencialmente perdendo o cliente. É ruim para os dois lados”, avalia Luiz.
Crescimento
Com a solução da Fintalk, as empresas contratantes registraram uma queda de 40% no custo de cobrança de atendimento e redução de 25% na inadimplência, além de uma alta de 20% na eficiência e NPS (nível de satisfação dos clientes) acima de 70%. De janeiro para dezembro de 2023, o volume de clientes da Fintalk triplicou, assim como o volume de funcionários. Já o faturamento subiu em cinco vezes.
Apesar de ter sido fundada em 2019, a startup foi a mercado em 2022, mesmo ano em que recebeu US$ 350 mil do programa Google for Startups. No ano seguinte, superou o planejado com grandes clientes e geração de caixa positiva. Hoje, a Fintalk tem em seu portfólio clientes como Avenue-Itaú, Stone, Banco Afinz, Cimed, C&A, Stone, Sky, BlueFit, Cogna e Alloha. São, ao todo, 15 grandes marcas e a expectativa é dobrar esse número até o fim de 2024, segundo o CEO.
Jornalista com 10 anos de experiência em cobertura de Economia e mercado financeiro com passagens por O Globo e Extra, no Rio de Janeiro, e colaborações para UOL e E-Investidor. Fellow no programa Journalists in Residence da Universidade de Chicago em 2022.