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A fintech NG.CASH, voltada para a geração Z, captou R$ 65 milhões em uma rodada liderada pela monashees, com a participação de outros fundos globais como Andreessen Horowitz (a16z), 17Sigma, Tekon e The Generalist. Essa foi a maior série A de fintechs na América Latina em 2024. O aporte vem 20 meses após o seed, totalizando mais de R$ 125 milhões captados e R$ 2 bilhões transacionados pela empresa.

Fundada no Rio de Janeiro, a NG.CASH abriu escritório este ano em São Paulo e planeja utilizar parte dos recursos na expansão do time, passando de 65 colaboradores para 110. Em entrevista ao Startups, os fundadores contam que a prioridade será para contratações nas áreas de tecnologia e produtos, embora haja oportunidades em todas as áreas da startup.

Além disso, a fintech quer ampliar o portfólio de produtos oferecidos aos clientes. Atualmente, NG.CASH atua com soluções como cartão de crédito pré-pago, Pix e investimentos em criptomoedas. A ideia é começar a oferecer também cartão de crédito pós-pago, com previsão para lançamento ainda este ano, além de outros produtos de investimento no futuro.

Segundo o COO Petrus Arruda, a NG.CASH quer crescer para acompanhar o amadurecimento dos clientes, que hoje têm, em sua maioria, entre 14 e 17 anos. “A gente gosta de dizer que é o banco da geração Z e não banco de adolescente. Vamos amadurecer com essa geração, oferecendo produtos pensados especificamente para eles, usando dados do comportamento dos nossos clientes”, afirma.

Marcelo Gobato, principal da monashees, destaca o potencial da NG.CASH no setor financeiro brasileiro. “Temos a convicção de que a equipe da NG.CASH possui uma visão única para construir o banco da geração Z. Como resultado, observamos um crescimento contínuo da sua base de usuários, que escolhem a NG.CASH como seu principal provedor de serviços financeiros. Estamos muito contentes em fortalecer nossa parceria”, comenta.

Educação financeira

Um dos diferenciais da fintech em relação aos bancos tradicionais é o contato direto com os adolescentes e a adoção de uma linguagem mais próxima, que usa recursos como gamificação para levar conteúdos sobre educação financeira e estimular o uso consciente do dinheiro.

O CMO Antonio Nakad conta que uma das demandas dos clientes era um espaço na plataforma para juntar dinheiro separadamente. A funcionalidade é chamada de cofrinho, e permite que os usuários determinem objetivos para o dinheiro guardado. Em alguns casos, se o jovem deixa de juntar dinheiro, a fintech avisa e lembra da importância dos seus objetivos.

A NG.CASH também vai lançar este mês um bot chamado AI Power, que atuará como uma espécie de assistente financeiro personalizado. “Ele vai permitir que os usuários façam transações via WhatsApp e também vai ajudar a lidar com o dinheiro. A maior parte dessa geração não tem conta bancária, nosso concorrente é o dinheiro vivo. Sem a gente, eles estariam usando os cartões dos pais. Nós queremos ser o primeiro banco deles, o que ajuda a dar os pilares da educação financeira”, diz Antonio.

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