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A Oxygea, veículo de corporate venture capital e venture building ligado à Braskem, chegou ao fim da primeira edição de seu programa Oxygea Labs, e das seis companhias selecionadas em julho do ano passado, três delas acabaram de receber aportes da gestora.

A Oxygea assinou cheques de R$ 1,5 milhão para as startups LogShare, Embeddo e Growpack, lançando mão da prerrogativa assumida pela companhia no começo do programa de aceleração. As outras três do primeiro batch, que participaram do programa, mas não receberam aportes, foram a BioReset, Cognitive e IQX.

“Quando chegamos ao final do programa, analisamos cada negócio avaliando o valor agregado para a Oxygea. Nas três que escolhemos, encontramos uma grande oportunidade de extrair valor”, explica a Portfolio Manager da Oxygea, Livia Hallak, em entrevista ao Startups.

Por falar em valorização, no caso de duas das startups selecionadas para receber aportes, a Oxygea entrou em rodadas já abertas. Por exemplo com a Growpack, ela entrou como co-investidora em conjunto com a Irani Ventures, que injetou R$ 1,4 na startup de soluções alternativas para biomateriais usados em embalagens.

O mesmo aconteceu com a LogShare, startup de SaaS da logística colaborativa por meio de rotas otimizadas com expedidores. O cheque de R$ 1,5 milhão entrou em uma captação que a startup fez no fim do ano, e cujos outros investidores não foram revelados. Entretanto, no começo de 2023 a logtech já tinha levantado um aporte seed de US$ 820 mil (R$ 5,5 milhões) com a ONE.VC, Niu Ventures e mais 15 investidores-anjo.

No caso de Embeddo, startup de sensores avançados para processamento de dados que não estava com rodada de investimentos aberta, o valor investido se deu por meio de um contrato de mútuo, a ser convertido em uma próxima rodada de captação.

Agora com os aportes já assinados, a plano da Oxygea é continuar a desenvolver as três investidas, utilizando sua expertise e rede para isso. “No momento que investimos, já traçamos um plano de agregação de valor mútuo. Para a Growpack, queremos investir em pesquisa de mercado; já para a LogShare, apostar em expansão de rede; e com a Embeddo, queremos destravar oportunidades no go-to-market e portfólio”, revela Livia.

Livia Hallak, portfolio manager da Oxygea
Livia Hallak, portfolio manager da Oxygea. (Crédito: Startups)

De acordo com o CEO da Oxygea, Artur Faria, o cuidado dedicado às empresas aceleradas foi crucial para identificação de sinergias estratégicas com a tese de investimentos e oportunidades de valorização das startups. “Ao invés da restrição de ter que solucionar um problema específico para uma corporação patrocinadora, o objetivo do nosso programa é potencializar ao máximo as startups selecionadas, focando no que é mais importante em suas perspectivas”, destaca Artur, em nota.

Novo batch vem aí

Finalizada a primeira edição do Oxygea Labs, e com três novas startups na carteira de investidas, agora o plano é já pensar em uma nova leva.

Em primeira mão para o Startups, Lívia destacou que a edição 2024 do Oxygea Labs deverá ser lançada dentro dos próximos dois meses, mas antes disso o programa passará por reformulações. “Vamos estabelecer um foco mais reforçado na parte de fundraising, com uma trilha dedicada a isso. Estamos também revendo o valor dos aportes previstos ao fim do programa, podendo aumentá-los”, afirma.

Segundo a empresa, a experiência adquirida no primeiro batch ajudou a companhia a refinar sua visão para a próxima edição, que abrirá novamente oito vagas para startups – no ano passado, oito chegaram a ser escolhidas, mas duas desistiram antes do início.

“Tivemos um NPS de 100 com as startups participantes, mas aprendemos muito com o processo, saindo de uma abordagem mais generalista, e muito mais assertiva e especializada”, completa Paulo Emediato, CMO e líder de ecossistema na Oxygea.

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