fbpx
Compartilhe

Criada com o propósito de levar mais diversão e entretenimento para os amantes de esporte, a sportstech Rei do Pitaco planeja o próximo movimento de sua estratégia. Após um 2023 mais focado em eficiência, a startup vem retomando os planos de crescimento com novidades de produto e negociações para fechar uma nova captação ainda este ano.

Fundado em 2019 por Mateus Dantas e Kiko Augusto, o Rei do Pitaco oferece uma plataforma de fantasy game diário onde os usuários podem montar escalações com atletas e pontuar de acordo com o desempenho dos jogadores em partidas na vida real, disputando prêmios ao fim de cada jogo ou rodada. Atualmente, o app soma mais de 16 milhões de downloads e 7 milhões de usuários ativos em todo o país.

“O último ano foi desafiador, principalmente no mercado de startups. Quando há muito capital acessível, o pêndulo tende para o lado do crescimento. Já em períodos turbulentos, as empresas focam mais na questão de eficiência e aumento de receita – e foi isso o que a gente se propôs a fazer em 2023”, afirma Kiko, em entrevista com o Startups. A sportstech decidiu olhar para a própria operação, analisando quais áreas tinham potencial de melhoria para entregar mais resultados.

Uma das principais mudanças foi aumentar o leque de produtos. O Rei do Pitaco, até então focado no futebol, passou a investir em diversos esportes como basquete, corrida, tênis e Fórmula 1, além de incluir e-sports como Valorant, League of Legends e Dota 2. A plataforma também lançou outros formatos de games como Pitaco ao Vivo e Fantasy Turbo, no qual o competidor exerce o papel de técnico virtual e monta uma equipe mesclando jogadores reais de diversos esportes, times e competições, e deve acertar aqueles que farão mais ou menos pontos do que o previsto para as partidas.

O movimento contribuiu para que a startup dobrasse no último ano. Desde a sua fundação, a startup já distribuiu mais de R$ 220 milhões em prêmios para 570 mil participantes, sendo mais de R$ 100 milhões apenas em 2023, com 100 mil ligas promovidas e 200 mil usuários premiados ao participarem das mais de 90 competições disponíveis na plataforma, entre torneios nacionais e internacionais nas modalidades femininas e masculinas.

Kiko Augusto, COO e cofundador do Rei do Pitaco
Kiko Augusto, COO e cofundador do Rei do Pitaco (Foto: Divulgação)

Série B no radar

“Agora que passamos por esse ano de ganho de eficiência e entregamos o que nos propusemos, agora vamos focar mais em crescimento. O mercado, especialmente de entretenimento esportivo, está bem aquecido”, explica Kiko. Sem abrir números específicos, ele afirma que entre dezembro de 2023 e fevereiro de 2024, o Rei do Pitaco triplicou a base de usuários ativos mensais – um avanço atrelado aos novos esportes e às novas formas de jogar. “Criamos formas de engajar ainda mais a nossa base, o que gera mais valor para o cliente e, consequentemente, para a empresa”, pontua.

O executivo não revela as metas para 2024. No entanto, diz que a plataforma pretende crescer ainda mais no cenário dos Fantasy Games com o lançamento de novos campeonatos e promoções para criar uma experiência ainda mais dinâmica e interativa para seus usuários.

Essa estratégia incluirá uma nova captação. “Vamos abrir uma rodada muito em breve para focar no crescimento. Principalmente por causa do aquecimento do mercado, e não por uma necessidade de caixa. O interesse é grande e, quando isso acontece, é uma ótima oportunidade para alavancar o nosso crescimento”, avalia Kiko.

A série B virá pouco mais de dois anos desde a rodada anterior. Em janeiro de 2022, o Rei do Pitaco anunciou que recebeu US$ 32 milhões para aprimorar sua tecnologia e aumentar a base de usuários. O round foi liderado pelo D1 Capital Partners e coliderado por Kaszek, Bullpen Capital e Left Lane Capital, com participação da Globo Ventures e dos sócios da DST Global, Tom Stafford e Nick Brito. Antes disso, a startup já havia captado um seed de US$ 6 milhões, que permitiu o desenvolvimento do produto e um crescimento de 600% na base de usuários.

“Ainda temos um runway bem tranquilo e bastante caixa. Ainda assim, temos percebido um grande interesse de investidores de fora. Não existe nenhum outro país com um potencial tão grande quanto o Brasil para o setor de entretenimento esportivo neste momento. Investidores estrangeiros, principalmente os que não conseguiram investir em empresas deste segmento em outros países, começam a olhar para o Brasil, que é um mercado gigantesco nesse setor, buscando empresas que realmente possam trazer o retorno. Por isso, a gente acaba sendo bastante atraente, inclusive por já termos um captable qualificado”, afirma Kiko.

Questionado sobre uma possível internacionalização, o empreendedor diz que ainda não é o momento. “Não gostamos de dividir muito o nosso foco e a nossa energia. O Brasil já é um país grande e temos uma base significativa se comparada com o tamanho da população. Mas a gente sabe que todo brasileiro vê futebol em algum momento. Então, ainda há uma oportunidade de crescimento muito grande por aqui, e vamos continuar focando no Brasil para ter a posição dominante neste mercado antes de pensar em uma expansão para a América Latina”, finaliza Kiko.

LEIA MAIS