A Assis, startup que desenvolveu uma assistente virtual para profissionais autônomos, anunciou a sua primeira captação. A empresa recebeu um aporte de R$ 27,5 milhões, em uma rodada composta por fundos como Costanoa, Maya, Canaan, Norte Ventures, Latitud, FJ Labs, K50, 1616, BFF e investidores anjos.
A rodada chega antes da empresa lançar sua solução no mercado – segundo destacou a Assis em nota, a previsão de lançamento da assistente é agora para abril. A empresa foi fundada por Raphael Machioni, co-fundador e ex-CEO da Vee Benefícios, que foi vendida para a gigante francesa Swile em 2020; João Bergamo, ex-CFO da Vee; e Vagner Dutra, membro do time fundador de tecnologia do PicPay.
De acordo com os fundadores, o dinheiro será usado principalmente para contratar profissionais de tecnologia de ponta que ajudarão no desenvolvimento contínuo da plataforma, que utiliza a inteligência da OpenAI empregada no ChatGPT.
O plano da Assis é é atuar como um aliado dos empreendedores. A assistente faz isso auxiliando em todo o processo de vendas, desde o primeiro clique, até o dinheiro cair na conta.
“Através do bot integrado com o ChatGPT e o aplicativo, a startup ajuda em toda a jornada do cliente. Isso inclui o primeiro atendimento, lembrá-lo das tarefas, verificar se ficou alguma dúvida, enviar um orçamento, verificar a disponibilidade e realizar as cobranças”, explica a companhia.
Resultados já obtidos
Segundo o CEO Raphael Machioni, a plataforma já tem obtido resultados com um grupo reduzido de clientes, que experimentaram a solução em caráter de teste. Com o apoio da assistente, usuários registraram aumentos de 23% nas suas vendas, além de aumentar a satisfação dos clientes e reduzir a sobrecarga de trabalho na gestão dos processos.
“Quando se é um empreendedor solo, não basta ser bom apenas em sua função. Você precisa se desdobrar e também fazer a parte de marketing, vendas, administração, jurídico e financeiro, por exemplo. Com isso, a produtividade cai bastante, já que todo o controle ainda é feito manualmente, ou em diversos softwares diferentes”, diz o executivo.
A Assis conta com duas formas de monetização: uma em um modelo “freemium” em que a receita vem através de cobranças pela captura dos pagamentos e outra na forma de assinatura SaaS. Para o CPO João Bergamo, o primeiro modelo será a principal forma de aquisição de clientes, apoiando autônomos que estão abrindo seus negócios.
“Esse modelo me permite atender um autônomo que ainda está no início e não quer investir em uma assinatura de software, mas está disposto a arcar com custos de captura de pagamentos que já teria de qualquer forma. Quando ele crescer um pouco, temos certeza de que migrará para uma assinatura paga com mais recursos”, finaliza João.