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Na hora de criar uma startup ou fazer a estratégia de venda de um produto ou serviço, praticamente nenhum fundador pensa no setor de turismo como um mercado em potencial. Mas o segmento, que representa 8% do PIB e um dos maiores empregadores do país, tem um enorme espaço para inovações.

“O turismo é um setor que tem muitas empresas independentes, pequenas, que, de maneira geral, trabalham com margens muito apertadas. O que significa que tem oportunidades para atuar nessa frente de eficiência operacional” disse Eduardo Lorea, CEO e fundador do South Summit, durante painel sobre turistechs no último dia do evento. Ele também comentou sobre questões mais operacionais, como a gestão de recursos como água e energia e a própria experiência dos turistas.

Gabriela Poltronieri, CEO da Swan Hotéis, destacou que o mercado tem poucas opções de tecnologias e que os sistemas disponíveis acabam não conversando entre si, o que dificulta muito as coisas. “Infelizmente em hotelaria as tecnologias hoje ainda são muito atrasadas”, disse. A Swan tem investido em tecnologias para reduzir a fricção dos hóspedes no início e no fim de sua estadia. “Quem aqui gosta de fazer check-in?”, perguntou ela ao público. Ninguém levantou a mão.

Com alguns projetos de inteligência artificial que estão sendo desenvolvidos desde dezembro, ela conta ter aumentado em 20% o volume de reservas feitas diretamente no site da rede. Agora, o plano é ampliar o uso da tecnologia para outras áreas de atuação, como coworking e eventos. “Essas ferramentas vêm não para eliminar pessoas, mas para a gente ganhar eficiência e maximizar a experiência do cliente”, disse.

Sylvio Ferraz Junior, vice-presidente de produtos e novos negócios da BeFly, contou que a companhia, que tem um ecossistema de 30 negócios e investe em startups, reforçou o coro da IA como um apoio para o ganho e eficiência. Segundo ele, a BeFly tem se posicionado com um laboratório para o desenvolvimento de novas soluções. “A inovação aberta é um desprendimento [para a empresa]”, disse.

De acordo com Eduardo, que junto com Swan e BeFly fundaram em 2023 o Turistech Hub, para incentivar o desenvolvimento do mercado, o Brasil tem hoje 213 turistechs em atividade, número maior que as 162 registradas em 2021.

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