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O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD), referência nacional e da América Latina em inovação para a área de telecom, vai investir em uma nova frente de atuação para apoiar novos negócios dentro de sua área. O centro está lançando a Ventures CPQD, divisão que atuará como uma venture builder para startups de inovação.

A empresa anunciou o seu novo braço nesta quinta (27), que funcionará de forma diferente de outros modelos de inovação aberta que se vê por aí. De acordo com a entidade, o aporte financeiro tem papel secundário, e o foco está no apoio tecnológico que o centro pode trazer às startups, algo que poucos fundos trazem à mesa.

“Nosso plano principal não é aportar capital financeiro, e sim tecnológico”, pontuou o o presidente do CPQD, Sebastião Sahão Jr., em coletiva online. Segundo o executivo, o plano da divisão é participar na construção das startups desde o momento da ideação até o estágio de tração – segundo ele, quando a startup tiver uma rodada série A.

Conforme avalia Sebastião, as startups selecionadas pela Ventures CPQD terão apoio na hora de validar modelo de negócios, produzir seu MVP, entender o mercado e atrair seus primeiros investidores. Segundo ele, no caso de startups de telecom, que é um mercado ainda um tanto fechado, este apoio é uma grande ajuda na hora de reduzir o risco para negócios early stage.

Uma vez pronto o produto, o CPQD pode acelerar a fase de scale-up, ajudando em conexões de negócios com nosso ecossistema”, completou o presidente do centro, pontuando que o retorno para a organização pode variar de startup para startup. Segundo o centro, ele pode vir através de mútuos conversíveis ou royalties futuros, incluindo a possibilidade do CPQD se manter como sócio até no late state, como é o caso da PadTec, que foi apoiada pelo centro e hoje está na bolsa.

Temas e startups na mira

As áreas visadas pela Ventures CPQD são quatro:

  • Agro Sustentável, com foco na promoção da sustentabilidade socioambiental e acesso à inovação digital com geração de valor para produtores rurais;
  • Saúde Acessível a Todos, com o objetivo de promover a digitalização do acesso a serviços de saúde, com qualidade, segurança e agilidade, reduzindo as desigualdades nessa área;
  • Indústria do Futuro, com propósito de alavancar a digitalização da indústria com processos mais conectados, inteligentes e seguros;
  • Deep Tech Fotônica, com foco em startups da área de fotônica, especialmente no desenvolvimento de sistemas de monitoramento para operações de missão crítica em áreas como energia, óleo e gás;

Dentro deste escopo, o centro já selecionou duas startups. Uma delas é a Sintropica Capital Natural, que usa IA para analisar imagens de satélite para monitorar a qualidade do solo. A segunda é a Green Bonds Brasil, que desenvolveu uma tecnologia de tokenização de ativos ambientais via blockchain.

Inclusive, o modelo da Green Bonds traz um novo modelo de receita para a Ventures CPQD , que é a monetização de ativos. “Isso minimiza o risco de desenvolvimento, acelera projeto e traz segurança de investidores. E a gente traz mais capital para investir”, pontua o gerente de desenvolvimento de negócios do CPQD, Fabrício Figueiredo.

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