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Os investimentos de venture capital em startups brasileiras caíram 51,4% no 1º semestre do ano, em relação ao mesmo período de 2022, segundo o levantamento Inside Venture Capital do Distrito. O número de aportes também teve queda, de 63,2%, na mesma comparação.

Foram US$ 778,1 milhões aportados em 199 rodadas. Para se ter ideia, o último ano em que o número de rodadas de investimento ficou abaixo de 200 foi em 2017, no 2º semestre, quando ocorreram 167 rodadas, somando US$ 386,6 milhões. O Distrito reforça que os resultados foram impactados, entre outras coisas, pela crise do Silicon Valley Bank (SVB), em março, banco americano amplamente utilizado por startups e fundos de venture capital.

Na comparação trimestral, o segundo trimestre encerrou com um total de US$ 384,7 milhões investidos em 97 rodadas de investimento, o que indica um nível praticamente equivalente ao trimestre anterior, quando foram aportados US$ 393,4 milhões em 102 rodadas.

Mas, nem tudo está perdido. O relatório mostra que, apesar da queda no 1º semestre, os investimentos apresentam uma tendência positiva. Junho, por exemplo, foi o 4º mês consecutivo com aumento no volume investido. 

“Desde o início do ano, temos enfrentado um cenário de aperto monetário global que continua a impactar o apetite por investimentos de risco. No entanto, temos observado uma leve melhora, com a quantidade de negócios mantendo-se estável e o volume de investimento aumentando. Além disso, observamos que o mercado de investimentos em late stage tem gradualmente retomado o fluxo, impulsionando o volume total de investimento ”, analisa Gustavo Gierun, cofundador e CEO do Distrito.

Fintechs e energytechs em alta

Em relação aos segmentos, as fintechs continuam sendo as startups que mais recebem investimentos. No 1º semestre, os aportes totalizaram US$ 185,9 milhões em 36 rodadas. Em seguida, o maior volume de investimentos foi destinado às energytechs, com um total de US$ 149,2 milhões.

Dentre as principais captações do período estão a série D de US$ 145 milhões da Órigo Energia, pioneira em geração distribuída de energia solar; a série B da Digibee no valor de US$ 60 milhões e os US$ 50 milhões captados pela Daki em fevereiro.

Analisando o cenário de M&As, o Distrito mostra que ocorreram 61 movimentos de fusões e aquisições no 1º semestre, uma redução de 27,4% em relação ao semestre anterior e uma queda de 48,7% na comparação anual. Aqui se destaca a aquisição da Pismo pela Visa, marcando o surgimento do primeiro unicórnio brasileiro de 2023. Na análise trimestral, as fusões e aquisições se mantiveram estáveis em relação aos trimestres anteriores.

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