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A deX, startup especializada em engenharia de dados na nuvem, anunciou com exclusividade ao Startups que concluiu sua rodada de investimentos pré-seed. O aporte, de valor não divulgado, será utilizado para expandir o time de engenharia, acelerar o desenvolvimento de sua tecnologia proprietária e aumentar o alcance do marketing.

Fundada este ano pelos irmãos Gustavo e Matheus Beltrami, a companhia desenvolveu uma plataforma de infraestrutura em nuvem que ajuda empresas a coletar, processar e analisar dados de maneira eficiente e escalável, permitindo extrair o máximo valor das informações coletadas. A proposta é ser uma espécie de copiloto do engenheiro de dados, fazendo a gestão de tabelas de forma automática e otimizada, além de criar e deletar tabelas nos repositórios baseado em padrões de utilização dos times de negócios. 

“A engenharia de dados é a base para ter qualquer tipo de inteligência de negócio. É ela que possibilita que diferentes indústrias – como jogos, serviços financeiros, e-commerce e varejo – concluam suas missões”, afirma Gustavo, em entrevista ao Startups. Matheus acrescenta que a startup atua em um mercado recente e promissor, com muitas oportunidades para serem construídas. “É uma indústria em que ainda falta muita abstração e experiência de usuário. Há muito a se construir em termos de evolução tecnológica e como isso é utilizado. Não vejo escapatória: os dados vão revolucionar o mundo várias vezes, então este é um ótimo lugar para colocarmos os nossos esforços”, pontua.

 A startup surfa no boom dos avanços de inteligência artificial e tecnologias que geram cada vez mais informações, colocando a engenharia de dados como protagonista para tudo relacionado a analytics. Com menos de cinco meses de operação, a deX fatura R$ 800 mil anualizados e tem planos de ultrapassar a marca de R$ 1,8 milhão nos próximos 2 meses. A companhia se propõe a aumentar a produtividade dos times de dados em mais de 40% e otimizar os processos de computação em nuvem holisticamente, trazendo um desempenho 10 vezes mais rápido e reduzindo os custos totais de infraestrutura em mais de 30%.

Matheus e Gustavo Beltrami, fundadores da deX
Matheus e Gustavo Beltrami, fundadores da deX (Foto: Marcelo Bruzzi/Divulgação)

Construindo o produto

O aporte pré-seed da deX foi liderado pelo EquitasVC, fundo de venture capital dedicado a empresas de tecnologia. A rodada contou com a participação da Grão VC e investidores-anjo como Denys Monteiro (ZRG Partners), Doug Scherrer (Nubank), e Carlos Lopes e Pedro Vazques (BluStone Capital), entre outros. 

Segundo Sung Lim, CIO da Grão VC, os grandes atrativos para investir na startup foram o time, o mercado que a empresa atua e o problema que ela busca resolver. “Por mais que o mercado seja bom, se não houver um time excelente, preferimos não investir. Acreditamos que a deX tem o melhor time para atacar o setor”, afirma. Os fundadores estão mais do que preparados, ambos com carreiras consolidadas no mercado de tecnologia. Gustavo liderou equipes na Rappi e na AWS nos Estados Unidos, e Matheus construiu a infraestrutura de dados da Wildlife Studios e liderou a área de dados na healthtech Sanar.

“Além do time, a Grão olha muito para o mercado em que a startup atua. A deX resolve um problema nobre, ainda mais no Brasil. É um mercado gigantesco e com potencial de crescimento, e a companhia vai trazer mais eficiência, velocidade e redução de custos apropriados para o setor”, acrescenta Sung.

O executivo observa que a conjuntura atual do mercado contribui para análises mais racionais e saudáveis, e revela os empreendedores mais bem preparados para sobreviver a este período. “Há uma seleção natural. Aqueles que estão dispostos a empreender neste momento mais desfavorável tendem a ser os melhores. Estar determinado a enfrentar as dificuldades atuais é um ótimo começo”, pontua.

Com o aporte, a empresa pretende impulsionar o desenvolvimento de sua plataforma proprietária para elevar o nível de automação de engenharia de dados e aumentar a escalabilidade, qualidade e eficiência da indústria. O time de engenharia, hoje com nove pessoas, deve chegar a pelo menos 12 no próximo ano, e a companhia vai aumentar os investimentos na área de vendas. A startup já tem parcerias estratégicas com empresas para desenvolver o produto com apoio dos clientes, identificando as principais dores e demandas de usabilidade.

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