fbpx
Compartilhe

A Terracotta Ventures, gestora de venture capital especializada em real estate, está ampliando sua atuação para além do equity. Prestes a finalizar o Fundo 1 da casa, a empresa se prepara agora para oferecer também outras operações imobiliárias, como fundos imobiliários, debêntures e Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs).

Fundada em 2019 por Bruno Loreto, Marcus Anselmo e Adir Filho, a Terracotta surfou na primeira grande onda do venture capital no Brasil, e decidiu se diferenciar pelo investimento em empresas que desenvolvessem soluções para o mercado imobiliário. Com um portfólio de 17 investidas, que atraíram mais de R$ 360 milhões em investimentos nos últimos cinco anos, a companhia decidiu que era hora de oferecer outras oportunidades de financiamento para as startups.

A ideia, segundo Bruno Loreto, managing partner da Terracotta, é manter a posição da empresa como um player especializado em mercado imobiliário e de construção, mas elaborar uma estrutura de funding sob medida para as startups que não inclua apenas o venture capital.

Para fintechs desse setor, por exemplo, ou empresas que oferecem algum tipo de crédito para o cliente final, um FIDC ou outro tipo de aporte podem fazer mais sentido, em determinados momentos, do que um investimento que será convertido em equity.

É o caso da Solve, fintech que oferece crédito para proprietários de imóveis. A startup, que já havia sido investida via clubdeal liderado pela Terracotta, cresceu três vezes desde então e está novamente contando com a marca para levantar mais R$ 30 milhões em crédito imobiliário de um produto lastreado em dívida condominial. A oportunidade de investimento foi oferecida com prioridade para os membros do ecossistema da empresa – o Terracotta Insider. 

“Passamos agora a ser um player que ajuda os empreendedores que têm teses inovadoras a fazer operações com diferentes níveis de risco e retorno. Elaboramos uma estratégia taylor made partindo da tese desse empreendedor, o que envolve nosso conhecimento de mercado imobiliário, mercado de capitais e tecnologia”, explica Bruno, em entrevista exclusiva ao Startups.

Com isso, a Terracotta acredita que haverá também mais oportunidades para captação junto aos investidores, que muitas vezes buscam retornos mais rápidos e com menor risco do que o venture capital. Segundo o managing partner, a empresa está estruturando seu primeiro fundo imobiliário e também trabalha em parceria com gestoras do mercado para lançar novos produtos.

“O empreendedor tem que aprender a buscar o capital adequado para a demanda que ele tem. E o capital mais caro é sempre o do equity, que para o investidor é o mais arriscado. Esse novo posicionamento está relacionado também a um aprendizado do mercado. Há várias empresas de VC abrindo os braços para atuações complementares”, diz.

Neste momento, a Terracotta está atuando em quatro teses: construção modular, Real Estate como serviço, alternativas de funding e canteiro digital.

“Para cada R$ 1 de venture capital tem demanda de pelo menos R$ 10 para ativos imobiliários. O mercado imobiliário é a maior classe de ativos do mundo e há muitos negócios e oportunidades nesse setor”, reforça Bruno.

LEIA MAIS