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A cobertura especial do Startups no Web Summit Rio 2023 tem o apoio da Headline.

Para o criador do Web Summit, Paddy Cosgrave, levar a marca para outros países e regiões era um medo. Entretanto, com a primeira edição no Rio de Janeiro chegando ao fim, o irlandês não escondeu o alívio. “Agora estamos confiantes para fazer o Web Summit em lugares além de Lisboa”, afirmou.

Segundo Paddy, ele tinha alguns bons motivos para este receio. “Vi eventos grandes, como o SXSW, tentarem edições em outros países, e falharam. Não queria fazer isso com o Web Summit“, pondera. Essa visão fez com que o executivo criasse eventos em outros países, mas com outras marcas, como é o caso do Collision, que ocorre há anos em Toronto (Canadá), e o RISE, em Hong Kong.

Vale lembrar que o Web Summit chegou a trocar de país para se tornar o grande evento europeu de tecnologia que é hoje. Depois de anos como uma conferência de nível mediano em Dublin, a criação de Paddy ganhou outro patamar ao ser “abraçado” pelo governo português, que investiu para colocar Lisboa na rota das conferências globais de tecnologia e negócios.

Voltando ao Web Summit Rio, em quatro dias, o evento contabilizou mais de 21 mil pessoas no Riocentro, vindas de 91 países, o que segundo Paddy, superou em muito as expectativas iniciais da organização. Inicialmente, o evento foi pensado para 5 mil pessoas, depois para dez, e há algumas semanas teve que suspender a venda de ingresos pois ultrapassou a marca de 20 mil tickets vendidos. Nos corredores do Rio Centro a informação que circula é que o número de participantes pode ter chegado a 28 mil.

“É uma sensação parecida com a de um festival de música”, brincou Paddy, ao comentar as filas que se formaram no primeiro dia do evento, quando milhares de participantes chegaram horas antes do início da programação, para garantir bons lugares no painel de abertura – e a maior parte foi barrada já que a lotação do Center Stage era de 6 mil pessoas. “Acho que isso é uma energia particular do brasileiro”, disparou, comparando com o Web Summit Lisboa, que mesmo com 70 mil participantes, não costuma ter situações semelhantes.

Em termos de empresas participantes, Paddy destacou que a primeira edição do Web Summit na cidade maravilhosa trouxe 974 startups, vindos de 52 países diferentes. Entretanto, rodando pelos corredores do Riocentro e assistindo às palestras, o português foi muito mais ouvido do que o inglês ou mesmo o espanhol. Também não é pra menos, já que 85% do público foi de brasileiros.

Um primeiro ano forte

Perguntado sobre a possibilidade do espanhol ganhar uma proeminência maior em futuras edições do Web Summit Rio, Paddy se mostrou empolgado, afirmando que está nos planos trazer mais idiomas e também mais empresas do ecossistema latino para participar no Rio. “Neste primeiro ano, pensamos muito em fazer uma demonstração local forte. Ao entregar um primeiro ano forte, ganhamos mais confiança para trazer mais e mais países para participar”, avalia o fundador do Web Summit.

Segundo ele, esta confiança também deve se traduzir em melhores conversas com o poder público do Rio para aprimorar a infraestrutura da cidade em edições futuras. Para a edição 2024, o Web Summit esperar trazer no mínimo 30 mil pessoas, o que deve complicar mais o acesso dos visitantes a Jacarepaguá, onde fica o centro de eventos. “Aqui (no Riocentro) temos a capacidade de receber 40 mil pessoas tranquilamente. Entretanto, temos que trabalhar com a cidade para endereçar problemas como o trânsito”, avaliou o fundador do Web Summit.

Além do Web Summit Rio, Paddy já anunciou que a marca terá presença em outra região: o Oriente Médio. Para 2024, já está confirmada a realização do Web Summit Catar, entre os dias 4 e 7 de março. Também está certa a edição 2024 no Rio. Daqui 6 meses, de 13 a 16 de novembro, acontece a edição 2023 do evento “matriz”, em Lisboa.

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