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Às vésperas do IPO, Creditas aumenta o prejuízo em 141% no 4º trimestre de 2021

No ano de 2021 como um todo, a fintech ficou no vermelho em R$ 353,4 milhões, um aumento de 84% na comparação com 2020

Desenho de notas de dolares e uma flecha preta em sentido para baixo - Startups

A Creditas fechou o 4º trimestre de 2021 com um prejuízo de R$ 137,6 milhões, um aumento de 141% na comparação com os R$ 57,1 milhões registrados no mesmo período de 2020. No ano de 2021 como um todo, a fintech ficou no vermelho em R$ 353,4 milhões, um aumento de 84% na comparação com 2020, segundo balanço divulgado hoje.

O aumento no rombo na última linha faz parte do plano de investimentos pesados da fintech que, no fim de janeiro, fez uma captação pré-IPO de US$ 260 milhões avaliada em US$ 4,8 bilhões, quase 3 vezes o valor da rodada anterior, no fim de 2020.

No 4º trimestre, a receita foi de R$ 322,4 milhões, um salto de 209% na comparação com o mesmo período de 2020. “Continuamos a entregar altas taxas de crescimento a ganhando participação de mercado na medida que todas as nossas divisões apresentaram forte momentum apesar do trimestre tradicionalmente mais fraco em termos de demanda por crédito”, escreveu a companhia em comunicado a investidores. No fechamento de 2021, a Creditas ampliou sua receita em 159%, para R$ 870 milhoes, o maior crescimento desde 2018, quando a companhia tinha um décimo do seu tamanho atual.

A originação de novos empréstimos passou de R$ 1 bilhão entre outubro e dezembro, fazendo com que o volume de recursos sob gestão apresentasse um salto de 198%, superando R$ 3,71 bilhões. “Todos os 3 ecossistemas (automóveis, residencial e benefícios para funcionários) tiveram desempenho em níveis recordes e mostraram progresso significativo em vendas cruzadas entre nossos três produtos centrais: empréstimos, seguros e soluções para consumidores”, escreveu a fintech.