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Representatividade feminina na Open Innovation: diversidade e inovação

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*Carla Colonna é COO e fundadora da 100 Open Startups

Falar sobre representatividade feminina é sempre muito importante, independente de cargo, do setor de atuação ou qualquer outro ponto. Desde o início do mês, o assunto vem sendo bastante comentado em virtude do Mês da Mulher. Mas o fato é que este tema precisa ser colocado em pauta todos os dias. Afinal, só nós sabemos as diferentes lutas que enfrentamos diariamente.

Quando refletimos sobre a presença feminina na inovação e empreendedorismo, entendemos que há inúmeros obstáculos, mas com muitas oportunidades de crescimento. Apesar de a presença feminina no ecossistema de inovação ainda ser um desafio, vemos uma realidade mais positiva entre as startups que praticam Open Innovation: enquanto cerca de 12% das startups brasileiras possuem fundadoras mulheres, esse número sobe para 19% entre as open startups, de acordo com dados da 100 Open Startups em 2023.

O mesmo levantamento aponta que as startups fundadas por mulheres tiveram mais de 3.110 contratos de Open Innovation com 1.225 corporações em 2023, com valor estimado de mais de R$ 726 milhões (em 2022, foram 1.723 contratos e R$ 200 milhões no valor estimado). Ainda há muito a ser feito, sabemos, mas esse crescimento mostra que estamos caminhando positivamente.

Carla Colonna, COO e fundadora da 100 Open Startups (Foto: Divulgação)

Empreender é uma jornada única, e as mulheres trazem consigo uma diversidade de talentos, ideias e perspectivas que impulsionam a inovação. Essa diversidade é essencial para a criação de soluções inovadoras e sustentáveis. Inclusive, porque esse papel de criação, de assumir desafios, de lidar com os erros, de debater e de procurar entender quais são os obstáculos a serem superados são atribuições que independem de gênero, uma vez que são provocações que todos que lidam com a inovação vão enfrentar ou já estão enfrentando.

A prática de Open Innovation, por naturalmente valorizar a troca com o ambiente externo para inovação, acaba por incentivar que se desenvolvam ambientes mais diversos e, portanto, mais ricos em ideias e contribuições frutos das diferentes vivências, contextos e experiências das equipes.

Cada vez mais, vejo que as open startups e as corporações abertas à inovação compreendem a necessidade de integrar, promover ações de diversidade e equidade. Com isso, tornam-se empresas ainda mais inovadoras, pois já entenderam a necessidade de questionarem os status quo para que os seus negócios caminhem de forma sustentável. 

Precisamos olhar com cada vez mais atenção para a representatividade feminina, assim como a diversidade como um todo, para alcançarmos a tão sonhada equidade. Enquanto isso não chega, seguimos caminhando a passos largos para movimentarmos o setor e colaborar para que todos possam ter oportunidades iguais de gerar valor para o ecossistema de inovação.

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